segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

POESIA, POEMA, CANTO E CONTIGA



POEMA

Amazonas, expressão do meu viver.

 Por: Joao Lazaro Epifânio

Tu és esplendor que fulguras,
Demonstra teus ares num tom de alvura.
A canção de tuas brenhas mais tenebrosas,
É sentida no teu seio tão temido!
E o barulho perene das águas, destemido. 
Contrasta com a sinfonia suave das aves fogosas.

O cheiro fresco e inconfundível a contento
Das árvores fagueiras beijadas pelo vento
E os encantos e mistérios que encerras
Faz-te grandioso, fascinante e cobiçado.
És um cenário perfeito que foi esboçado        
Para abrigar e nutrir muitos seres e feras.

Envolvidos e agasalhados em teu ventre                
E sobre as sombras de tuas árvores sempre,               
Cantos, vozes, ruídos e murmúrios!
São por ti harmonizados em eterna sintonia,
Orquestrada pelas inúmeras espécies em harmonia                            
Que expressam sons melodiosos e augúrios.                 

Pasmem todos com teus encantos,     
Pois encerras em teu seio maternal tantos,                                      
Que inebria a contemplação latente                                                                                                       
E fascina com tuas belezas numa avidez tamanha
Quem observa a verdura da flora estranha
E o sonoroso canto dos pássaros num ar contente.

És farto de matas, água e seres,
Um ambiente ainda com muitos afazeres.
O rumor de suas águas embala os matos
Pelo vai e vem das canoas
Parecendo uma dança ou música que ecoa
Na imensidão dos rios e lagos desfilam os barcos.

Os povos são afeitos ao ritmo da floresta
Não fogem a rotina, não contestam.
Aceitam os assombros com brio
São povos guerreiros que se acercam de paz
Protetores do meio, destruidores jamais,
Adentram as matas com sol, chuva ou frio.

Em teu seio encontram seu quinhão:
São frutas, sementes, raízes retiradas do chão,
Peixes ou vegetais que supre os desejos.
Prodígios da terra, plantas e seus verdores,
Os povos na lida, mostram seus valores
No esforço desmedido durante os ensejos.

Terra de sonhos, de cores singelas,
És fulgurante entre as mais belas!
Expressa ternura, medo e terror.
Dita o ritmo da vida dos teus inquilinos
Às vezes abatida por instintos ferinos,
Mas sempre desponta majestosa com vigor.

Amazonas caboclo, mulato e pardo,
O teu céu enfeitado de luzes enaltece o teu garbo
O revoar dos pássaros de cores sutis.
Enfeitam as tardes belas de tom dourado
Enquanto se despe do manto azulado
E repousa na noite de estrelas num clima feliz.

Exalto-te, majestoso, pura expressão do viver,
Oxalá! Teus encantos jamais fenecer,
Honrosa de ares sereno em tua inocência
Estremece quando sofre as cruéis ações
Quando te ferem com a amarga função
De transforma-te em devasta existência. 

REFLEXOS 
Ando nas asas do tempo,
Debruçado em sua mente,
Parecendo um brinquedo
Sem malícia e sem medo
Sinto e vida caminhar.

As vezes como cobaia,
Nessa odisseia triste;
Onde o pensamento insiste
Num instante te encontrar...


Sendo assim não vou saber como estás;
Se sou apenas um brinquedo                         Bis
E pra satisfazer seus medos,
Tenho sempre que voar.

E nessa odisseia louca
Quase tudo é virtual,
Mesmo sendo tão real...
E essa voz tão rouca
Que ecoa do seu lado;

É tão perto e tão distante;
São reflexos de um instante,
De tudo o que você fez;
E que repete outra vez...
O pensamento alado.

Sendo assim não vou saber como estás;
Se sou apenas um brinquedo                               Bis
E pra satisfazer seus medos,
Tenho sempre que voar.

As vezes como cobaia,
Nessa odisseia triste;
Onde o pensamento insiste

Num instante te encontrar...

O Canto que Encanta

O canto de quem canta encanta,
Encanta porque canta,
E o canto que encanta, encanta a alma,
Encanta a vida, encanta e acalma.

O canto que encanta é o canto que canta,
A voz doce do canto encanta,
O ambiente se enche de alegria,
Alegria que irradia.

O canto que canta encanta,
Porque quem canta encanta,
Pois, o canto é sublime na essência,
Diverte e suaviza a consciência.

O canto encanta até quem canta,
Porque quem canta encanta.
O canto é perfeito, é sincero,
Esse canto que tanto quero.

Encanta e canta o canto que canta,
Canta, canta e encanta,
O encanto é a cantiga do rio,
Das águas, do vento, o assobio.
                             ( J.L.E.)
POESIA CRÍTICA
Podia ser assim? Seguindo ideologias, de quem subtrai sem pudor!
 Ao algoz: pena. Ao oprimido: o amor.
É preciso utopias que alimentem o viver, corromper é a regra, cartilha do poder.
Caminhos, incertezas de um novo amanhecer, noite sombria, até quando você?
Destrói os sonhos, fantasias e age com furor. Mesmo assim, em vagos instantes, credito na força do amor.
Tempos moderno, cálculos e guerras... se faz, apesar de ser um entre muitos ainda acredito na paz!
Um novo amanhecer, desperte as pessoas que se amam e coloque em seu peito a amor, amor pra valer.
As mentes embebidas de afeto mergulhem no lago do amor, pois onde ele estiver lá também eu estou.
As mentes mesquinhas subtraem sem pudor! Ao algoz: pena: ao oprimido: o amor, pois onde ele estiver lá também eu estou.
Caminhos, incertezas de um novo amanhecer, noites vazias, luzes ao longe, só é possível vê, com os olhos do amor, pois onde ele estiver lá também eu estou... 
POEMA
A luz dos seus olhos clareia minha vida
Descanso minhas tristezas em seu doce sorriso
Do toque de suas mãos fiz meu abrigo
Sua voz a canção que nina minha alma
Como navegando sobre a brisa do mar
Sinto seus beijos aos poucos me dominar
Como um pássaro ao voar em sua liberdade
Sinto-me em seus braços aconchegado
Morro a cada segundo que de ti fico separado
Quando te encontro o sangue agita nas veias
Coração bate com ternura descompassada
Porque meus olhos estão vendo minha querida
Fica mais um pouco minha adorada princesa
Faz do seu coração minha eterna morada
Porque em meu coração tu és minha realeza.

O QUE É AMAR
Poema
Amar é o amor que perdura
É o fogo abrasando os anseios
Aguça o querer em nós
E leva a devaneios.
Es amor, es paixão,
Es loucura, es desejo,
Entre todas as mulheres,
É só você que vejo.

Teu amor é o que me faz viver,
Alimenta minha ‘alma
Nutre o meu corpo
E me faz crescer.
Pensar em você
É sublime, é felicidade.
É sentir dentro em mim:
Desejos profundos,
Amor e ardente saudade.

Contemplar o teu corpo,
Faz-me sentir no céu,
Há! Quem me dera, agora!
Provar os teus lábios de mel.
É delírio de ver teu corpo natural,
É encanto, desejos, sem fim.
Te mar é sentir emoções,
É sentir prazer em mim!

Amar é sentir teu corpo...
Que me faz encantar
Teu sorriso é magia,
Tua voz é ternura a me sussurrar.
Amar é abrir os olhos
E te ver ao acordar
Tocá-la, acariciar, sentir teu calor.
 E olhar no teu olhar.

                                            Autor: J. L. E.

POEMA SINGELO
Ó, tu que incendeia-me: es bela,
Formosa como as estrelas no céu,
Singela como a Lua, numa linda aquarela.
Es doce, es sublime, radiante de sorrisos,
Esbelta, exalas o perfume das flores,
Tens no teu corpo a beleza dos lírios.

Es tu, sempre tu, que afagas os sonhos,
Num gesto de amor, fazendo nascer,
Um novo ser, com ares risonhos.
Ó diva amável, sem par, sem igual.
Encerras em teu corpo singelo,
Doçura, desejos de forma especial.

O sorriso! Há!... Que sorriso tu tens!
Lindo, belo, irradiante, deslumbra,
Acalma, suaviza e faz bem.
É mister, contemplar tão linda que es,
Do fundo d’alma, com toda atenção,
Admirar tudo, da cabeça aos pés.

Es tu, sempre tu, que abrasas o desejo,
Dos sonhos mais lindos!
Es tu, sempre tu, que vejo.
Es a mais bela rosa do jardim,
Nasceu do encanto das fadas!
Na fértil terra do Reino Sem fim.

Semblante singelo, delicado, atesto,
Es tu, sempre tu, doce amada,
Que admiro e contemplo, confesso.
                               Autor: Joao L. Epifanio
POEMA

Tens a luz das estrelas, o encanto das águas,
Tua voz, melodia, suave e singela.
Fascina minha ‘alma, acalma e cala, quando se revela.
Es canção, es doçura, es mistério, es felicidade.
Es vida, es eterna, es fascinação, es saudade.
Faz do teu coração minha eterna marada.
Es princesa, minha realeza,
Só por amar-te minha adorada.
Teu sorriso encanta, teus olhos clareiam,
Teu corpo, por mãos divina esculpido.
Teu rosto, um aspecto divino de semblante suave,
Expressando um ar que acalma os sentidos.
Em tua baca exala o perfume dos sorrisos.
Teu corpo encerra a geografia perfeita,
Com curvas suaves, onde tuas belas mãos deslizam,
Quando se banha, quando se perfuma, quando se veste,
Revelando o amor, a doçura, o encanto das fadas.
Tens a pele suave, sedosa, singela, sem igual,
É perfeita de um aspecto real,
Parte de um corpo escultural.
Tuas mãos, um lenço de dez pontas,
Macios, envolto em tua pele,
Que encerra-se encantos tantos.
Assim, es tu, adorável figura,
Cheia de Encantos e beleza,
Suavidade e formosura.
Em fim, es tu uma diva, criação divina.
Seus olhos, duas estrelas,
Que iluminam as noites escuras.
Que belos, que formosos são.
Tua voz melodiosa e teus encantos tantos,
São belos a todo o momento.
Compõem as constelações do firmamento.

Autor: João Lazaro Epifânio

POEMA 


Ó, tu que incendeia-me: es bela,


Formosa como as estrelas no céu,


Singela como a Lua, numa linda aquarela.


Es doce e sublime, radiante de sorrisos,


Esbelta, exalas o perfume das flores,


Tens no teu corpo a beleza dos lírios.


Es tu, sempre tu, que afagas os sonhos,


Num gesto de amor, fazendo nascer,


Um novo ser, com ares risonhos.


Ó diva amável, sem par, sem igual.


Encerras em teu corpo singelo,


Doçura,  desejos de forma especial.


O sorriso! Há!... Que sorriso tu tens!


Lindo, belo, irradiante, deslumbra,


Acalma, suaviza e faz bem.


É mister, contemplar tão linda que es,


Do funda da alma, com toda atenção,


Admirar tudo, da cabeça aos pés.


Es tu, sempre tu, que abrasas o desejo,


Dos sonhos mais lindos!


Es tu, sempre tu, que vejo.


Es a mais bela rosa do jardim,


Nasceu do encanto das fadas!


Na fértil terra do Reino Sem fim.


Semblante singelo, delicado, atesto,


Es tu, sempre tu, doce amada,


Que admiro e contemplo, confesso.


 Autor: Joao L. Epifanio

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

UM MUNDO CAÓTICO COM POUCAS PERSPECTIVAS

A grande maioria das ações humanas não condizem com o que pregam ou defendem os discursos daqueles que representam os governos, as instituições e os poderes do Estado. Nesse primeiro quartel do século XXI, as crises das principais instituições do Estado, mostram a fragilidade do sistema que, acunharam de “democrático”, sobretudo nos países emergentes ou pobre, além do mais a banalização da violência e da corrupção bem como a defesa dos interesses particulares impera na cúpula do poder.
Ainda que as manifestações sociais, órgãos de direitos humanos e organizações não governamentais se coloquem a favor da sociedade na busca pela igualdade e pelo desenvolvimento de políticas sociais os governos resistem, pensam apenas em manter seus privilégios e dos grupos que representam. Para se manter no poder vale tudo: fazer leis que os beneficie, associar-se a grupos econômicos com o fim especifico de assaltar os cofres públicos, indicar apadrinhados para ocupar cargos no governo, favorecer empresas doadoras de campanhas políticas, receber vantagens ilícitas e propina. Oprimir, alienar e enganar com falsos discursos as camadas menos favorecidas da sociedade, que são os que mais trabalham para sustentar o Estado, mas também os que mais sofrem com a miséria, violência, pobreza, falta de acesso aos serviços públicos, como saúde, educação, saneamento, desigualdade econômica entre outras mazelas impostas pelos governos.
Ademais, são as decisões políticas que definem os planos econômicos e índices salariais. Determinam também a exploração dos recursos naturais e, consequentemente a devastação do planeta. As ações humanas são, também, responsáveis pelas catástrofes ambientais onde quem sofre as maiores consequências são as populações mais pobres. Associado a tudo isso está a violência que chegou ao extremo, perdeu o controle. A vida, esse milagre de Deus nesse clima de barbárie, não tem valor. Matar banalizou ao ponto de alguns que pertencem ao poder, achar normal como se tirar a vida seja algo de direito.    
Nos tempos atuais assistimos à passagem de um período marcado pela barbárie da barbárie, um mundo desumano, onde os que deveriam zelar pela proteção da vida se contentam em destruí-la ou simplesmente permitir e patrocinar o extermínio humano. Colocam o dinheiro acima de tudo e de todos. Criaram sua própria lei: a das vantagens em tudo, de realizar seus intentos a qualquer custo, sem se preocupar a quem prejudicam, matam ou causam ruinas.
Outra situação caótica diz respeito a corrupção que envolve quase todas as instituições do Estado, somando-se a isso a vista grossa da justiça sobre uma grande parcela dos atos corruptos, principalmente para os políticos chegar ou se manter no poder. Usam toda espécie de artimanhas, protelação, arranjos e acordos vantajosos. As noções de respeito, bom senso, caráter, humanismo e honestidade não fazem parte do ideário da grande maioria da classe política, esta última – a honestidade- é até motivo de “chacota”, deboche para quem a tem como princípio. Corromper, se esquivar, desviar o foco e negar veementemente parece ser a regra.
Nesse contexto o que vemos e assistimos são discursos vazios, recheado de descalabros, agressivos e justificativos. Atacam para se defenderem, generalizam e apontam para o outro. Infelizmente a evolução tecnológica e científica não despertou no ser humano um sentimento humanístico. Vivemos os horrores do individualismo, do desrespeito a vida, do logro pelo logro, da corrupção pela corrupção, da barbárie extrema onde o dinheiro e as práticas perversas estão à frente de tudo.
Diante de tudo isso, o direito à cidadania é negado as pessoas honestas que trabalham e sem ter a quem recorrer (autoridades públicas) assistem a luta constante pelo poder entre os que comandam os governos. As ações humanas diferem daquilo que pregam em seus discursos. A crise das instituições parece que deram a tônica dos projetos de governo, a fragilidade das velhas estruturas está ruindo a uma velocidade considerável, mas poucos notam. A corrupção e a defesa dos privilégios, a banalização da violência e a busca pelo poder cegam os que se julgam poderosos, no entanto a ganancia os destrói. Os direitos democráticos são negados aos menos favorecidos, essa assertiva é tão verdadeira que torna-se um imperativo para a luta por direitos e igualdade. Embora prevista em lei a cidadania esbarra nas velhas estruturas a ponto de não chegar a grande maioria das sociedades. No atual contexto as mudanças e transformações foram sentidas em quase todos os âmbitos da vida humana, menos na mentalidade da classe política que ainda vivem presos aos ideários da Idade Antiga, Média ou Moderna.
Por J. L. E.