sexta-feira, 18 de março de 2011

Paisagem Reflexiva

Te amo...
A natureza nos remete a uma contemplação das obras do CRIADOR, é tambem uma forma de buscar nas coisas que parecem simples paz, momentos de  reflexão, de apreciação do belo, que o homem jamais poderá imitar ou reproduzir. Acabam por destrui-la, fruto da ganancia, do individualismo,do poder, do enrequecimento, da exploração  e do sofrimento alheio, isto é, dos menos favorecidos. opersan.blogspot.com
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TEATRO SOBRE O DESCOBRIMENTO DO BRASIL/ALEGORIA DA DA CARNA



TEATRO SOBRE A ALEGORIA DA CAVERNA

Cenário: Lugar fechado com pouca iluminação, apenas flashes (sugestão).

Personagens: Prisioneiros; Sócrates e Glauco. 

CENA 1 OU PRIMEIRO ATO

Todos quase imóveis, presos a correntes (mundo da trevas), olhando na mesma direção, contemplando os movimentos das sombras de estátuas, animais, homens e objetos projetados na parede pela luz de uma fogueira.

Os prisioneiros realizam torneios afim de se gabarem e ver quem acerta as denominações referentes as sombras que contemplam.

Prisioneiro 1: Só existe o que está diante de nós. Aí estão as pessoas e as coisas que existem.

Prisioneiro 2. Bravo! Muito bem, é isso mesmo. Pena que passou muito rápido.

Prisioneiro 3: Está vindo outra, quem acerta!

Prisioneiro 4: Essa é muito feia! Que horrível!

Prisioneiro 5: É! Essa imagem fica parada o tempo todo...

Prisioneiro 2: Isso é a realidade gente, vamos contemplar.

Prisioneiro 3: Olha só, são formas de seres, alguns parece com a gente!

Prisioneiro 4: Certo, esse é o mundo, só existe isso..é...!

Um prisioneiro é forçado a sair da caverna e explorar o seu interior. Admirado percebe que os seres reais eram as estátuas e não as sombras e quem permitia ver as sombras era a fogueira acesa na caverna.

Prisioneiro 1: Nossa! É tudo diferente. O que eu via eram sombras! Esses é que são os seres, os seres reais. O que eu julgava era ilusões, aquilo não era real. E aquilo lá... muito claro? Não consigo enxergar direito, está tudo ofuscado!

Prisioneiro 1: Há! Agora estou vendo melhor! Que maravilhoso! Aqui as coisas têm mais qualidade, são bem diferentes do que eu via, são verdadeiras. Essa luz forte (o Sol) é que faz as coisas ficarem reais, lá na caverna era só ilusões, como pude viver tanto tempo naquela escuridão! Isso aqui me permite conhecer, pensar, entender melhor o significado das coisas. Há! Estou com pena dos meus colegas, vou voltar lá e contar o que descobri. 

Volta para onde estão os prisioneiros...

Exprisioneiro 1: Ei! O que vocês estão fazendo aí?

Prisioneiro 2: Que pergunta besta é essa, rapaz!

Prisioneiro 3: Bobo! Como se tivesse outra coisa para fazer...!

Prisioneiro 5: Estamos contemplando o mundo, ora!

Exprisioneiro 1: Que mundo? Isso aí é só uma parede. Vocês estão num mundo de ilusões. Isso aí são sombras. Venham! Venham conhecer o mundo real, conhecer a vida! Há! Vocês precisam conhecer quem dá a vida, entender como as coisas funcionam, lá fora é fantástico!

Prisioneiro 2: Deixa de lorota, rapaz! Está atrapalhando. Lá vem outra! Você está me enganando a vida está aqui.

Exprisioneiro 1: É, eles pensam mesmo que o mundo está naquela caverna...

O Exprisioneiro (1) vai para a frente das sombras.

Prisioneiro 5: Ei! O que é isso!

Prisioneiro 4: Eh! Sai daí! Sai da frente! Quer morrer, rapaz?

Exprisioneiro 1: Por favor, preciso que me escutem! Tenho muitas coisas novas para falar. Vocês não querem contemplar a vida? Aqui estou eu, eu sou real.

Prisioneiro 2: Vamos dá um jeito nesse idiota!

Exprisioneiro 1: Calma colegas, eu só queria que vissem o que eu vi! Já estou saindo, podem ficar tranquilos.

Prisioneiro 3: Volte aqui...!

Ele corre para fora e os outros corem atrás e, ao saírem da caverna...

Prisioneiros (todos): HUM! ÔÔÔ! ARG! Não estou enxergando! Nem eu! HUM! Esse clarão...! Isso é castigo, a gente não podia ter vindo atrás dele, era para ter continuado contemplando a vida.

Exprisioneiro 1: Calma! É que vocês não estão acostumados com a luz. Vamos! Abram os olhos e vejam o que existe aqui fora.

Prisioneiro 5: É gente, ele tinha razão. É mais real, aqui a vida é diferente! 

Prisioneiro 3: Pois é, se não fosse você iriámos ficar lá para o resto da vida só vendo sombras.

Prisioneiro 4: Vamos gente, temos muito o que aprender, conhecer e descobri sobre as coisas da vida, vivíamos na escuridão, agora temos a luz.

CENA 2 OU SEGUNDO ATO
Diálogo de Sócrates com Glauco
Sócrates: Agora imagine a nossa natureza, segundo o grau de educação que ela recebeu ou não, de acordo com o quadro que vou fazer. Imagine, pois, homens que vivem em uma morada subterrânea em forma de caverna. A entrada se abre para a luz em toda a largura da fachada. Os homens estão no interior desde a infância, acorrentados pelas pernas e pelo pescoço, de modo que não podem mudar de lugar nem voltar a cabeça para ver algo que não esteja diante deles. A luz lhes vem de um fogo que queima por trás deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o fogo, há um caminho que sobe. Imagine que esse caminho é cortado por um pequeno muro, semelhante ao tapume que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima do qual manobram as marionetes e apresentam o espetáculo.
Glauco: Entendo
Sócrates: Então, ao longo desse pequeno muro, imagine homens que carregam todo o tipo de objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro; estátuas de homens, figuras de animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material.
Glauco: Estranha descrição e estranhos prisioneiros!
Sócrates: Eles são semelhantes a nós. Primeiro, você pensa que, na situação deles, eles tenham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos que o fogo projeta na parede da caverna à sua frente?
Glauco: Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar com a cabeça imóvel?
Sócrates: Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam?
Glauco: É claro.
Sócrates: Então, se eles pudessem conversar, não acha que, nomeando as sombras que veem, pensariam nomear seres reais?
Glauco: Evidentemente.
Sócrates: E se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante deles, quando um dos que passam ao longo do pequeno muro falasse, não acha que eles tomariam essa voz pela da sombra que desfila à sua frente?
Glauco: Sim, por Zeus.
Sócrates: Assim sendo, os homens que estão nessas condições não poderiam considerar nada como verdadeiro, a não ser as sombras dos objetos fabricados.
Glauco: Não poderia ser de outra forma.
Sócrates: Veja agora o que aconteceria se eles fossem libertados de suas correntes e curados de sua desrazão. Tudo não aconteceria naturalmente como vou dizer? Se um desses homens fosse solto, forçado subitamente a levantar-se, a virar a cabeça, a andar, a olhar para o lado da luz, todos esses movimentos o fariam sofrer; ele ficaria ofuscado e não poderia distinguir os objetos, dos quais via apenas as sombras anteriormente. Na sua opinião, o que ele poderia responder se lhe dissessem que, antes, ele só via coisas sem consistência, que agora ele está mais perto da realidade, voltado para objetos mais reais, e que está vendo melhor? O que ele responderia se lhe designassem cada um dos objetos que desfilam, obrigando-o com perguntas, a dizer o que são? Não acha que ele ficaria embaraçado e que as sombras que ele via antes lhe pareceriam mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
Glauco: Certamente, elas lhe pareceriam mais verdadeiras.
Sócrates: E se o forçassem a olhar para a própria luz, não achas que os olhos lhe doeriam, que ele viraria as costas e voltaria para as coisas que pode olhar e que as consideraria verdadeiramente mais nítidas do que as coisas que lhe mostram?
Glauco: Sem dúvida alguma.
Sócrates: E se o tirarem de lá à força, se o fizessem subir o íngreme caminho montanhoso, se não o largassem até arrastá-lo para a luz do sol, ele não sofreria e se irritaria ao ser assim empurrado para fora? E, chegando à luz, com os olhos ofuscados pelo brilho, não seria capaz de ver nenhum desses objetos, que nós afirmamos agora serem verdadeiros.
Glauco: Ele não poderá vê-los, pelo menos nos primeiros momentos.
Sócrates: É preciso que ele se habitue, para que possa ver as coisas do alto. Primeiro, ele distinguirá mais facilmente as sombras, depois, as imagens dos homens e dos outros objetos refletidos na água, depois os próprios objetos. Em segundo lugar, durante a noite, ele poderá contemplar as constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a luz dos astros e da lua mais facilmente que durante o dia para o sol e para a luz do sol.
Glauco: Sem dúvida.
Sócrates: Finalmente, ele poderá contemplar o sol, não o seu reflexo nas águas ou em outra superfície lisa, mas o próprio sol, no lugar do sol, o sol tal como é.
Glauco: Certamente.
Sócrates: Depois disso, poderá raciocinar a respeito do sol, concluir que é ele que produz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível, e que é, de algum modo a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
Glauco: É indubitável que ele chegará a essa conclusão.
Sócrates: Nesse momento, se ele se lembrar de sua primeira morada, da ciência que ali se possuía e de seus antigos companheiros, não acha que ficaria feliz com a mudança e teria pena deles?
Glauco: Claro que sim.
Sócrates: Quanto às honras e louvores que eles se atribuíam mutuamente outrora, quanto às recompensas concedidas àquele que fosse dotado de uma visão mais aguda para discernir a passagem das sombras na parede e de uma memória mais fiel para se lembrar com exatidão daquelas que precedem certas outras ou que lhes sucedem, as que vêm juntas, e que, por isso mesmo, era o mais hábil para conjeturar a que viria depois, acha que nosso homem teria inveja dele, que as honras e a confiança assim adquiridas entre os companheiros lhe dariam inveja? Ele não pensaria antes, como o herói de Homero, que mais vale “viver como escravo de um lavrador” e suportar qualquer provação do que voltar à visão ilusória da caverna e viver como se vive lá?
Glauco: Concordo com você. Ele aceitaria qualquer provação para não viver como se vive lá.
Sócrates: Reflita ainda nisto: suponha que esse homem volte à caverna e retome o seu antigo lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir diretamente do sol?
Glauco: Naturalmente.
Sócrates: E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda está confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que não vale mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir, você acredita que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o matariam?
Glauco: Sem dúvida alguma, eles o matariam.
Sócrates: E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à subida e à contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até o lugar inteligível, e não te enganarás sobre minha esperança, já que desejas conhecê-la. Deus sabe se há alguma possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade. Em todo o caso, eis o que me aparece tal como me aparece; nos últimos limites do mundo inteligível aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. No mundo visível, ela gera a luz e o senhor da luz, no mundo inteligível ela própria é a soberana que dispensa a verdade e a inteligência. Acrescento que é preciso vê-la se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.

Glauco: Tanto quanto sou capaz de compreender-te, concordo contigo.




PEÇA TEATRAL "O DESCOBRIMENTO DO BRASIL"

  
1.     Pedro Álvares Cabral
3.     Frei Henrique
4.     Nicolau Coelho
5.     Índios (uns dez)
6.     Narrador
7.     Rei de Portugal
8.     Apresentador (Joaquim)
9.     Repórter I (em Portugal)
10.                       Repórter II (com a esquadra de Cabral)
11.                       Cinegrafistas (2)

 

NARRADOR: No dia 9 de Março do ano de 1.500 uma esquadra formada por 3 caravelas e 10 naus, comandada pelo soldado Pedro Álvares Cabral deixou Portugal como o objetivo de ir a Calicute na Índia, buscar especiaria e se aproximar das terras americanas, com a finalidade de tomar posse. Em 22 de Abril de 1.500 avistaram terras, haviam chegado a Pindorama, assim denominavam os índios, as terras conhecidas como Brasil.

NICOLAU: Senhor! Terra a vista! Estamos chegando a uma ilha... Parece um monte.

CABRAL: Terra...? Deixe-me ver... Sim, é um monte. Vamos chamar de Monte Pácoal. Avise ao capitão para ancorar. Procurem um lugar seguro para abrigar a esquadra.  Depois vamos á terra tomar posse em nome do rei.
         NICOLAU: Sim, senhor!
NARRADOR: Em 23 de Abril encontraram um bom lugar para a ancoragem o qual denominaram de Porto Seguro. Nicolau Coelho foi á terra e entrou em contato com os nativos (índios).
                         (Nicolau tenta conversar com os índios, mais não se entendem, pois um não conhece a língua do outro, se comunicam por sinais).
PERO VAS DE CAMINHA: Senhor, vou escrever ao rei sobre essa terra comunicando sobre seus aspectos e esse povo que aqui encontramos.
     CABRAL: Faça isso Caminha, conte tudo o que pode observar. Frei! Vamos rezar uma     missa. Ficaremos aqui por alguns dias para tomar posse da terra depois partiremos.
                                Enquanto isso...
APRESENTADOR: (A programação esta normal. De repente...).
                           Atenção! Acabamos de receber a informação de que Cabral chegou a uma terra desconhecida. Parece que se trata de um novo continente. O nosso repórter Manoel, que acompanha a Esquadra de Cabral, tem mais informações sobre essa fantástica descoberta. Manoel? Como é essa nova terra e o povo que mora ai?
        1º REPORTER: (Manoel) Joaquim, a visão que temos é que a terra é muito boa para se plantar. Não da para ter idéia sobre o seu tamanho. Nossa primeira visão foi de um grande monte, mui auto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul; e de terra chã com grandes alvoredos 
APRESENTADOR: E sobre os povos que vivem ai, qual foi a impressão que vocês tiveram?
1º REPORTER: (Manoel) Bem, um deles trazia arco e flecha e várias setas. “A afeição deles é serem pardos e avermelhados, de bons rostos e bons narizes. Andam nus e não fazem a menor cara em cobrir suas vergonhas. A impressão que temos é que eles não plantam e nem criam. Comem das sementes e frutos que a terra e as arvores oferecem”.  
APRESENTADOR: E sobre a possibilidade de aproveitamento da terra para o rei?
1º REPORTER: Joaquim, “não se pode saber se há ouro, prata ou alguma coisa de metal ou ferro. Porém, a terra em si parece de bons ares. Águas são muitas: infindas. Querendo aproveitá-las dá-se-á de tudo por causa das águas que tem. Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar, me parece que será salvar essa gente”.
APRESENTADOR: Essa foi realmente uma grande descoberta para Portugal. Vamos agora saber como o rei recebeu essa grande notícia, com o nosso correspondente na corte, Joaquim que esta com o rei Dom Manoel.
2º REPORTER: (Joaquim) Bom, Joaquim estamos com vossa majestade que vai nos falar sobre essa descoberta que aliás foi recebida com bastante euforia pela a nobreza, que deseja explora-la tão, logo seja possível. Vamos ouvir o rei.
DOM MANOEL: Eu já estava esperando por essa notícia. Sabia que mais cedo ou tarde encontraríamos aquelas terras, que de acordo com o trabalho de Tordesilhas, pertence a Portugal por direito.
2º REPORTER: O que vossa majestade pretende fazer de imediato com aquelas terras?
DOM MANOEL: Vou comunicar ao papa e aos reis da Espanha já que tenho a posse e espero o emissário de Cabral, que trás mais informações daí vou mandar verificar se tem ouro ou prata, se tiver vou explorar imediatamente, se não tiver vamos continuar priorizando o comércio das especiarias, com a índia. Então vou pensar numa forma de valorizar aquelas terras.
2º REPORTER: Ouvimos aí as palavras do rei sobre o que pensa das novas terras. Voltamos com você, Joaquim.
APRESENTADOR: Pois é, o rei parece que já sabia da existência daquelas terras, esta bastante calmo, esperamos que logo inicie os trabalhos de exploração das terras descoberta por Cabral. (se despede e encerra)
NARRADOR: Em 26 de Abril realizou-se a primeira missa, em 1º de maio a segunda e no dia 2 de maio a frota de Cabral partiu para as Índias, menos o navio de Gaspar de Lemos que retornou a Portugal levando a carta de Pero Vaz de Caminha, a Dom Manoel. A chegada dos Portugueses modificou completamente a vida dos habitantes que viviam aqui. Os Portugueses se consideravam superiores àqueles indivíduos que estavam à sua frente. Para eles os primitivos habitantes do Brasil eram bárbaros e pagãos, por isso tomaram para si a missão de conduzí-los para a civilização e para o cristianismo. 
      Prof. Joao Lazaro Epifanio          
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CHOQUE DE CULTURAS (TEATRO)

A chegada dos portugueses ao Brasil marcou o encontro de duas culturas profundamente diferentes. O conquistador português, julgando-se superior, submeteu os nativos (povos que já viviam aqui no território invadido) aos padrões próprios da civilização europeia: impôs-lhe sua língua, seus costumes, sua religião. Aprisionou e escravizou milhares de indígenas, às vezes expulsando-os ou removendo-os de seus lugares de origem. Vamos vê o que os índios pensavam sobre isso através de uma pequena peça teatral:
1-      ÍNDIO: Desde a chagada dos brancos não tivemos mais paz. Eles acharam que a terra era deles.
2-      ÍNDIO: É, não reconheceram que esta terra tinha dono, que os índios eram gente livre, que os índios tinha um trabalho livre.
ÍNDIA: Por isso é que eles começaram a caçar os índios para fazer escravos. Atacaram as aldeias do nosso povo. Mataram o nosso povo.
PAJÉ: Nossa gente vivia feliz. Tinha muita caça. Muito peixe. Muita Fruta. Nunca faltava terra boa para fazer roça.
CACIQUE: Ninguém precisava fazer demarcação. A terra não era de um dono só, era de toda comunidade.
1-      Índio: A gente não comprava, a gente só fazia. Fazia o fogo com pau, as panelas de barro

2-      ÍNDIO: Ninguém fazia roça sozinha. Não comia as coisas da roça sozinha. Dividia com quem precisava.
1-       ÍNDIO: Quando caçava, dividia, matava peixe dividia, fazia comida dividia, dividia bebida.
ÍNDIA: Tinha trabalho de homem e trabalho de mulher. A comunidade precisava do trabalho de cada um.

CACIQUE: Lá na Europa não tinha pau-brasil. Só aqui tinha. O pau-brasil dava tinta vermelha.
2-      ÍNDIO: Os portugueses roubaram o pau-brasil para vender a tinta e ganhar dinheiro, usavam a tinta para tingir panos e fazer casas e barcos da madeira.

1-      ÍNDIO: É, e vendiam esse pano muito caro e ganhavam muito dinheiro.

ÍNDIA: E quem cortava o pau-brasil eram os índios, num sistema escravo. Cortavam e carregavam.

1-      ÍNDIO: Mas português enganava índio.

CACIQUE: Para enganar índio eles só davam espelho, faca, machado de ferro, conta. Só coisa barata.

Assim, os portugueses exploravam os índios por acreditarem que eles eram seres inferiores e que precisavam ser “domados”, escravizados e subjugados. Infelizmente essa visão permanece até os dias de hoje.
Cenários: Vários índios sentados e conversando enquanto comem, próximos a uma fogueira e vestidos a seu modo.
Prof. Joao Lazaro Epifanio

 ALENDA DO GUARANÁ (TEATRO)

NARRADOR: Cero dia Aguiry, um belo indiozinho que se alimentava somente de frutas, saiu para buscar frutas na floresta. Todos os dias saia para a floresta a procura de frutas, trazendo-as numa cesta para distribui-las entre seus amigos.

AGUIRY: ( sai com o seu cesto para apanhar frutas  na floresta, feliz, inocente...).
NARRADOR: Certo dia, Aguiry perdeu-se na mata. Acabou por dormir na floresta, pois ao cair da noite não conseguiu encontrar o caminho de volta.
AGUIRY: (perdido acaba dormindo na floresta ao lado do cesto, bastante preocupado).
NARRADOR: Jurupari, o demônio das trevas vagava pela floresta.
JURUPARI: ( andando pela floresta).
NARRADOR: Jurupari tinha corpo de morcego, bico de coruja e também se alimentava de frutas. Ao encontrar Aguiry, não hesitou em ataca-lo e comer-lhe as frutas.
JURUPARI: (ataca e mata Aguiry, depois come as frutas fazendo barulho e, vai embora).

NARRADOR: Os índios, preocupados com o menino, saíram a sua procura, encontrando-o morto ao lado do cesto vazio.

ÍNDIOS: (fazem alvoroço ao ado do corpo de Aguiry).
TUPÃ: (só a vez). Vocês devem arrancar os olhos do menino e plantá-las naquela árvore seca. Depois devem regar o local com lágrimas até que nasça uma nova planta da qual nascerá um fruto que contem a essência de todos os frutos, deixando mais fortes e mais felizes os que dele comerem.
ÍNDIOS: (arrancaram os olhos do menino, em prantos e plantaram sob a árvore seca).
OBS: Deve ter algo que represente uma árvore seca. Os índios se revezam no local chorando para regar a planta.
NARRADOR: A planta que brotou dos olhos de Aguiry possui as sementes em forma de olhos e recebeu o nome de guaraná.

PERSONAGENS: Narrador, Aguiry, Jurupari, Índios, Tupã.

CENÁRIO: Uma floresta (pode ser imaginária), uma árvore seca (montagem ou figura).   
Prof. Joao Lazaro Epifanio



TEATRO SOBRE A ALEGORIA DA CAVERNA
Cenário: Lugar fechado com pouca iluminação, apenas flashes (sugestão).
Personagens: Prisioneiros; Sócrates e Glauco. 
CENA 1 OU PRIMEIRO ATO
Todos quase imóveis, presos a correntes (mundo da trevas), olhando na mesma direção, contemplando os movimentos das sombras de estátuas, animais, homens e objetos projetados na parede pela luz de uma fogueira.
Os prisioneiros realizam torneios afim de se gabarem e ver quem acerta as denominações referentes as sombras que contemplam.
Prisioneiro 1: Só existe o que está diante de nós. Aí estão as pessoas e as coisas que existem.
Prisioneiro 2. Bravo! Muito bem, é isso mesmo. Pena que passou muito rápido.
Prisioneiro 3: Está vindo outra, quem acerta!
Prisioneiro 4: Essa é muito feia! Que horrível!
Prisioneiro 5: É! Essa imagem fica parada o tempo todo...
Prisioneiro 2: Isso é a realidade gente, vamos contemplar.
Prisioneiro 3: Olha só, são formas de seres, alguns parece com a gente!
Prisioneiro 4: Certo, esse é o mundo, só existe isso..é...!
Um prisioneiro é forçado a sair da caverna e explorar o seu interior. Admirado percebe que os seres reais eram as estátuas e não as sombras e quem permitia ver as sombras era a fogueira acesa na caverna.
Prisioneiro 1: Nossa! É tudo diferente. O que eu via eram sombras! Esses é que são os seres, os seres reais. O que eu julgava era ilusões, aquilo não era real. E aquilo lá... muito claro? Não consigo enxergar direito, está tudo ofuscado!
Prisioneiro 1: Há! Agora estou vendo melhor! Que maravilhoso! Aqui as coisas têm mais qualidade, são bem diferentes do que eu via, são verdadeiras. Essa luz forte (o Sol) é que faz as coisas ficarem reais, lá na caverna era só ilusões, como pude viver tanto tempo naquela escuridão! Isso aqui me permite conhecer, pensar, entender melhor o significado das coisas. Há! Estou com pena dos meus colegas, vou voltar lá e contar o que descobri.
Volta para onde estão os prisioneiros...
Exprisioneiro 1: Ei! O que vocês estão fazendo aí?
Prisioneiro 2: Que pergunta besta é essa, rapaz!
Prisioneiro 3: Bobo! Como se tivesse outra coisa para fazer...!
Prisioneiro 5: Estamos contemplando o mundo, ora!
Exprisioneiro 1: Que mundo? Isso aí é só uma parede. Vocês estão num mundo de ilusões. Isso aí são sombras. Venham! Venham conhecer o mundo real, conhecer a vida! Há! Vocês precisam conhecer quem dá a vida, entender como as coisas funcionam, lá fora é fantástico!
Prisioneiro 2: Deixa de lorota, rapaz! Está atrapalhando. Lá vem outra! Você está me enganando a vida está aqui.
Exprisioneiro 1: É, eles pensam mesmo que o mundo está naquela caverna...
O Exprisioneiro (1) vai para a frente das sombras.
Prisioneiro 5: Ei! O que é isso!
Prisioneiro 4: Eh! Sai daí! Sai da frente! Quer morrer, rapaz?
Exprisioneiro 1: Por favor, preciso que me escutem! Tenho muitas coisas novas para falar. Vocês não querem contemplar a vida? Aqui estou eu, eu sou real.
Prisioneiro 2: Vamos dá um jeito nesse idiota!
Exprisioneiro 1: Calma colegas, eu só queria que vissem o que eu vi! Já estou saindo, podem ficar tranquilos.
Prisioneiro 3: Volte aqui...!
Ele corre para fora e os outros corem atrás e, ao saírem da caverna...
Prisioneiros (todos): HUM! ÔÔÔ! ARG! Não estou enxergando! Nem eu! HUM! Esse clarão...! Isso é castigo, a gente não podia ter vindo atrás dele, era para ter continuado contemplando a vida.
Exprisioneiro 1: Calma! É que vocês não estão acostumados com a luz. Vamos! Abram os olhos e vejam o que existe aqui fora.
Prisioneiro 5: É gente, ele tinha razão. É mais real, aqui a vida é diferente!
Prisioneiro 3: Pois é, se não fosse você iriámos ficar lá para o resto da vida só vendo sombras.
Prisioneiro 4: Vamos gente, temos muito o que aprender, conhecer e descobri sobre as coisas da vida, vivíamos na escuridão, agora temos a luz.

CENA 2 OU SEGUNDO ATO
Diálogo de Sócrates com Glauco
Sócrates: Agora imagine a nossa natureza, segundo o grau de educação que ela recebeu ou não, de acordo com o quadro que vou fazer. Imagine, pois, homens que vivem em uma morada subterrânea em forma de caverna. A entrada se abre para a luz em toda a largura da fachada. Os homens estão no interior desde a infância, acorrentados pelas pernas e pelo pescoço, de modo que não podem mudar de lugar nem voltar a cabeça para ver algo que não esteja diante deles. A luz lhes vem de um fogo que queima por trás deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o fogo, há um caminho que sobe. Imagine que esse caminho é cortado por um pequeno muro, semelhante ao tapume que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima do qual manobram as marionetes e apresentam o espetáculo.
Glauco: Entendo
Sócrates: Então, ao longo desse pequeno muro, imagine homens que carregam todo o tipo de objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro; estátuas de homens, figuras de animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material.
Glauco: Estranha descrição e estranhos prisioneiros!
Sócrates: Eles são semelhantes a nós. Primeiro, você pensa que, na situação deles, eles tenham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos que o fogo projeta na parede da caverna à sua frente?
Glauco: Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar com a cabeça imóvel?
Sócrates: Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam?
Glauco: É claro.
Sócrates: Então, se eles pudessem conversar, não acha que, nomeando as sombras que veem, pensariam nomear seres reais?
Glauco: Evidentemente.
Sócrates: E se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante deles, quando um dos que passam ao longo do pequeno muro falasse, não acha que eles tomariam essa voz pela da sombra que desfila à sua frente?
Glauco: Sim, por Zeus.
Sócrates: Assim sendo, os homens que estão nessas condições não poderiam considerar nada como verdadeiro, a não ser as sombras dos objetos fabricados.
Glauco: Não poderia ser de outra forma.
Sócrates: Veja agora o que aconteceria se eles fossem libertados de suas correntes e curados de sua desrazão. Tudo não aconteceria naturalmente como vou dizer? Se um desses homens fosse solto, forçado subitamente a levantar-se, a virar a cabeça, a andar, a olhar para o lado da luz, todos esses movimentos o fariam sofrer; ele ficaria ofuscado e não poderia distinguir os objetos, dos quais via apenas as sombras anteriormente. Na sua opinião, o que ele poderia responder se lhe dissessem que, antes, ele só via coisas sem consistência, que agora ele está mais perto da realidade, voltado para objetos mais reais, e que está vendo melhor? O que ele responderia se lhe designassem cada um dos objetos que desfilam, obrigando-o com perguntas, a dizer o que são? Não acha que ele ficaria embaraçado e que as sombras que ele via antes lhe pareceriam mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
Glauco: Certamente, elas lhe pareceriam mais verdadeiras.
Sócrates: E se o forçassem a olhar para a própria luz, não achas que os olhos lhe doeriam, que ele viraria as costas e voltaria para as coisas que pode olhar e que as consideraria verdadeiramente mais nítidas do que as coisas que lhe mostram?
Glauco: Sem dúvida alguma.
Sócrates: E se o tirarem de lá à força, se o fizessem subir o íngreme caminho montanhoso, se não o largassem até arrastá-lo para a luz do sol, ele não sofreria e se irritaria ao ser assim empurrado para fora? E, chegando à luz, com os olhos ofuscados pelo brilho, não seria capaz de ver nenhum desses objetos, que nós afirmamos agora serem verdadeiros.
Glauco: Ele não poderá vê-los, pelo menos nos primeiros momentos.
Sócrates: É preciso que ele se habitue, para que possa ver as coisas do alto. Primeiro, ele distinguirá mais facilmente as sombras, depois, as imagens dos homens e dos outros objetos refletidos na água, depois os próprios objetos. Em segundo lugar, durante a noite, ele poderá contemplar as constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a luz dos astros e da lua mais facilmente que durante o dia para o sol e para a luz do sol.
Glauco: Sem dúvida.
Sócrates: Finalmente, ele poderá contemplar o sol, não o seu reflexo nas águas ou em outra superfície lisa, mas o próprio sol, no lugar do sol, o sol tal como é.
Glauco: Certamente.
Sócrates: Depois disso, poderá raciocinar a respeito do sol, concluir que é ele que produz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível, e que é, de algum modo a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
Glauco: É indubitável que ele chegará a essa conclusão.
Sócrates: Nesse momento, se ele se lembrar de sua primeira morada, da ciência que ali se possuía e de seus antigos companheiros, não acha que ficaria feliz com a mudança e teria pena deles?
Glauco: Claro que sim.
Sócrates: Quanto às honras e louvores que eles se atribuíam mutuamente outrora, quanto às recompensas concedidas àquele que fosse dotado de uma visão mais aguda para discernir a passagem das sombras na parede e de uma memória mais fiel para se lembrar com exatidão daquelas que precedem certas outras ou que lhes sucedem, as que vêm juntas, e que, por isso mesmo, era o mais hábil para conjeturar a que viria depois, acha que nosso homem teria inveja dele, que as honras e a confiança assim adquiridas entre os companheiros lhe dariam inveja? Ele não pensaria antes, como o herói de Homero, que mais vale “viver como escravo de um lavrador” e suportar qualquer provação do que voltar à visão ilusória da caverna e viver como se vive lá?
Glauco: Concordo com você. Ele aceitaria qualquer provação para não viver como se vive lá.
Sócrates: Reflita ainda nisto: suponha que esse homem volte à caverna e retome o seu antigo lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir diretamente do sol?
Glauco: Naturalmente.
Sócrates: E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda está confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que não vale mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir, você acredita que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o matariam?
Glauco: Sem dúvida alguma, eles o matariam.
Sócrates: E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à subida e à contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até o lugar inteligível, e não te enganarás sobre minha esperança, já que desejas conhecê-la. Deus sabe se há alguma possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade. Em todo o caso, eis o que me aparece tal como me aparece; nos últimos limites do mundo inteligível aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. No mundo visível, ela gera a luz e o senhor da luz, no mundo inteligível ela própria é a soberana que dispensa a verdade e a inteligência. Acrescento que é preciso vê-la se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.

Glauco: Tanto quanto sou capaz de compreender-te, concordo contigo.



PROJETO: SEMANA DA PÁTRIA
Tema: Independência, Conquista da cidadania através do Esporte e do Lazer. 
Prof. Joao Lazaro Epifanio


Objetivo:

As atividades de Esporte têm como objetivo contribuir para a formação de adolescentes e crianças, otimizando seus potenciais de aprendizagem, por meio da vivência dos movimentos diversos. As atividades são lúdicas, visando ao desenvolvimento motor, sociabilização, noções básicas das modalidades propostas e em especial gosto pelo esporte e respeito pelo outro.

O esporte escolar tem como finalidade propor atitudes de respeito mútuo, solidariedade e dignidade entre os alunos e também servir como alternativa para os alunos preencherem seu tempo livre fora do âmbito escolar. Com isso, além de praticarem a atividade, saberão o que se pode aprender por meio dela (PCNs, 1998).

Justificativa:

As atividades esportivas visam à adoção e desenvolvimento do esporte como via integradora das diversas dimensões e agentes do processo educativo, buscando favorecer as competências pessoais, sociais, produtivas, cognitivas e cívicas nas crianças e adolescentes participantes, a partir de atividades de esporte envolvendo diversas modalidades no contexto educacional e social.
A ênfase é dada nos aspectos educacionais da prática esportiva privilegiando a formação de valores, como a cooperação, a participação, a solidariedade, a autonomia, a criatividade, entre outros. O projeto se apoia na atual legislação educacional onde o esporte é visto como um elemento capaz de interagir diretamente entre o aluno e o processo de aprendizagem dando maior significado à educação, tornando-a mais prazerosa e interessante para o educando. 


PÚBLICO ALVO: Alunos da rede estadual e municipal de ensino que atuam no ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos.
OBJETIVOS PROCEDIMENTAIS:
A formação das equipes deverá seguir aos critérios estabelecidos pela Comissão Organizadora. As equipes não deverão exceder o numero de participantes em disputa ou o mínimo. Para participar os responsáveis deverão fazer a inscrição de suas equipes antes do inicio das atividades e somente os alunos constantes na lista inscrita poderão participar das atividades.
ABERTURA: 01/09/2012
ENCERRAMENTO: 07/09/1012
LOCAL: Ginásio Poliesportivo Lupicínio Mariano de França.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
DATA/09/2012
MODALIDADES/LOCAL
SÉRIE/GENERO
Sábado 01/09/12
Circuito/Ginasio
3º ao 5º
Domingo02/09/12
Atletismo/Praça central
Em anexo
Segunda-feira 03/09/12
Vôlei de quadra/Ginasio
Ensino médio e EJA masculino e feminino
Segunda-feira 03/09/12
Vôlei de Praia/Várzea
Ensino médio e EJA masculino e feminino
Segunda-feira 03/09/12
Futebol de areia/Várzea
6º ao 9º médio e EJA masculino e feminino
Segunda-feira 03/09/12
Futevôlei/Várzea
Médio e EJA masculino e feminino
Terça-feira 04/09/12
Handebol/Quadra da Coabe
6º ao 9º masculino e feminino
Terça-feira 04/09/12
Basquete/Quadra da Coabe
Maiores de 14masculino e feminino
Quarta-feira 05/09/12
Peteca/Ginásio
6º ao 9º masculino feminino
Quarta-feira 05/09/12
Queimado/Ginásio
6º ao 9º masculino e feminino
Quinta-feira 06/09/12
Futebol de campo/Estádio e campo do Grêmio
6º ao 9º médio e EJA masculino e feminino
Sexta-feira 07/09/12
Futsal/Ginásio
6º ao 9º médio e EJA

PROGRAMAÇÃO
Data: 01.09.12
Local: Ginásio Poliesportivo Lupercínio Mariano de França
Horário: 7:h30min
ATIVIDADE
HORÁRIO
Desfile da Chama dos jogos pela cidade, saindo da escola Benedita Barbosa de Souza e chegada no Ginásio.
7:h30min
Composição da mesa das autoridade e chegada da Chama dos jogos.
8:h30min
Entrada das bandeiras do Brasil, Amazonas,  Envira e das delegações.
8:h15min
Execução dos Hinos Nacional e do Amazonas.
8:h30min
Pronunciamento sobre a Semana da Pátria e o dia do Profissional de Educação Física.
8:h50min
Mini Circuito com a Educação Infantil
9:h30min

Data: 02.09.12
Local: Praça 19 de Dezembro e Ginásio Poliesportivo Lupercínio Mariano de França
Horário: 8:h00
Matutino
ATIVIDADES
LOCAL/HORÁRIO
SÉRIE/ANO
Corrida de longa distancia e revezamento 8x8
Escola Presidente Castelo Branco. 8:h00
Médio e EJA, masculino
100 metros rasos.
Praça central 8:h15min
2° ao 5° ano, 6° ao 9° ano, médio e EJA, masculino e feminino
Corrida (volta da orla) revezamento 4x4. (infantil 100 metros).
Praça central 8:h30min
2° ao 5° ano, 6° ao 9° ano, médio e EJA, masculino e feminino
Salto em distancia.
Praça central 8:h50min
2° ao 5°ano, 6° ao 9° ano, masculino e feminino
Arremesso de dardo
Orla
6° ao 9° ano, médio e EJA, masculino e feminino.

VESPERTINO/NOTURNO

ATIVIDADES
LOCAL/HORÁRIO
SÉRIE/ANO
Handebol
Ginásio/ 14:h00
6° ao 9° médio, EJA, masculino e feminino
Futsal Infantil
Praça Central/ 17:h00
2° ao 5° ano
Peteca
Praça Central/ 17:h00
2° ao 5° ano, 6° ao 9° ano, misto.
Queimada
Quadra Central/ 17:h00
2° ao 5° ano, 6° ao 9° ano, misto.
Vôlei de lençol.
Praça Central/ 17:h30min
2° ao 5° ano, 6° ao 9° ano, misto.
Basquetebol
Quadra Central/ 19:h00
6° ao 9° médio, EJA, masculino.
DATA:04.09.12
LOCAL: Quadras da várzea/ Ginásio Poliesportivo Lupercínio Mariano de França
HORÁRIO: 8:h00
ATIVIDADES
LOCAL/HORÁRIO
SÉRIE/ANO
Vôlei de areia
Quadra da várzea/ 8:h00
6° ao 9° médio, EJA, masculino feminino.
Futebol de areia
Quadra da várzea/ 8:h00
6° ao 9° médio, EJA, masculino e feminino.
Futevôlei
Quadra da várzea/ 9:h30min
Médio, EJA, masculino.

VESPERTINO/NOTURNO
ATIVIDADES
LOCAL/HORÁRIO
SÉRIE/ANO
Futsal
Ginásio/16:h00
6° ao 9° médio, EJA, masculino e feminino.


ATIVIDADES
LOCAL/DATA/HORÁRIO
SÉRIE/ANO
Futebol
Campo da ADGE/02.09/8:h00
6° ao 9° médio, EJA, masculino e feminino.
Futebol
Campo da ADGE/05.09/8:h00
6° ao 9° médio, EJA, masculino e feminino.
Data: 01.09.12
Local: Ginásio Poliesportivo Lupercínio Mariano de França
Horário: 8:h00
ATIVIDADES
LOCAL/HORÁRIO
SÉRIE/ANO
Final do futsal
Ginásio/8:h00
Médio/EJA, masculino e feminino.
Premiações e encerramento das atividades.
Ginásio/10:h00


Prof. Joao Lazaro Epifanio
PLANO DE CURSO HISTÓRIA ENSINO FUNDAMENTAL

ESCOLA ESTADUAL PROFESOR CHAGAS MATTOS
6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - PLANO DE ESTUDO
Pesquise no Livro Didático ou outros livros e internet e responda às questões abaixo:
1-      Escreva sobre os principais aspectos relacionados ao povoamento da América. Pesquise nas pgs. 30 a 39.
2-      Cite as principais características das sociedades da Mesopotâmia. Pesquise nas pgs.44 a 65.
3-      Relate sobre as origens da civilização grega. Pesquise nas pgs. 70 a 90.
4-      Escreva um texto sobre o Mundo Romano. Pesquise nas pgs. 104 a 120.
5-      Relate sobre a Idade Média. Pesquise nas pgs. 132 a 150.
6-      Diga o que foi o Renascimento, apresente suas principais características e o que foi a Reforma. Pesquise nas pgs. 214 a 240.
7-      Faça um comentário sobre a formação do mundo moderno. Pesquise nas pgs. 248 a 265.
ESCOLA ESTADUAL PROFESOR CHAGAS MATTOS
7º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - PLANO DE ESTUDO
Pesquise no Livro Didático ou outros livros e internet e responda às questões abaixo:
1-      Escreva um texto sobre as Grandes Navegações. Pesquisa: pg. 10 a 30.
2-      Comente sobre os povos indígenas no Brasil. Pesquisa: pg. 38 a 50.
3-      Descreva o processo e colonização portuguesa na América. Pesquisa pg.70 a 100.
4-      Comente sobre a escravidão e o trabalho escravo no Brasil. Pesquisa: pg. 118 a 130.
5-      Explique o que foi a idade do ouro no Brasil. Pesquisa: pg. 146 a 165.
6-      Descreva as ideias, a tecnologia e a Revolução Industrial na Inglaterra. Pesquisa: pg. 238 a 250.  
ESCOLA ESTADUAL PROFESOR CHAGAS MATTOS
8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - PLANO DE ESTUDO
Pesquise no Livro Didático ou outros livros e internet e responda às questões abaixo:
1-      Relate sobre as tensões na colônia (Brasil). Pesquisa: pg. 10 a 30.
2-      Elabore um texto sobre os principais aspectos da América Latina no século XIX. Pesquisa: pg. 44 a 60.
3-      Explique o que foi a consolidação da independência e o Período Regencial no Brasil. Pesquisa: pg. 98 a 123.
4-      O que foi a primavera dos povos? Pesquisa: pg. 128 a 130.
5-      Comente sobre o Segundo Reinado no Brasil. Pesquisa: pg 162 a 190.
6-      Descreva o inicio da República no Brasil. Pesquisa: pg.194 a 220.
7-      Cite as principais características da expansão imperialista. Pesquisa: pg. 244 a 251.
8-      Relate sobre o crescimento urbano e o fim da República Oligárquica no Brasil. Pesquisa: pgs. 256 a 260 e 272 281.
ESCOLA ESTADUAL PROFESOR CHAGAS MATTOS
9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL - PLANO DE ESTUDO
Pesquise no Livro Didático ou outros livros e internet e responda às questões abaixo:
1-      Escreva um texto explicativo sobre a Primeira Guerra Mundial. Pesquisa: pg. 10 a 36.
2-      Como ocorreu o expansionismo nazista?  Pesquisa: pg. 42 a 54.
3-      Elabore u texto sobre a Era Vargas, identificando seus principais aspectos e características. Pesquisa: pg. 72 a 97.
4-      Descreva a descolonização da África e da Ásia, a Revolução Chinesa, o Oriente Médio e o Movimento Contra os Costumes nos anos de 1906. Pesquisa: pg. 102 a 130.
5-      Como ocorreu o populismo na América Latina e o que foi Os Anos Dourados?  Pesquisa: pg. 136 a 150.
6-      Escreva um texto sobre a Ditadura Militar no Brasil. Pesquisa: pgs. 196 a 220.
7-      O que foi a Redemocratização? Pesquisa: pgs. 226 a 252.
8- Escreva um breve texto sobre a Nova Ordem Mundial. Pesquisa: 258 a 281. Prof. Joao Lazaro Epifanio

1º Video: A Lenda da Mandioca, Prof. Joao Lazaro, encenada pelos alunos da Escola Professor Chagas Mattos - Envira.

PEÇA TEATRAL DA LENDA DA MANDIOCA
Autor: J.L.E. (Baseado na lenda da Mandioca)
CENÁRIO:
Típico de uma oca, com elementos que permitam simular o nascimento, morte e enterro da Índia, o nascimento da planta e simular arrancar a raiz (pé de mandioca)
PERSONAGENS:
Cacique
Índia (mãe de Mani)
Mãe da Índia
Mani
Homem Branco (no sonho)
Índia 01
Índia 02
Índia 03
Todos caracterizados.
ATO ÚNICO
NARRADOR: Numa certa tribo indígena a filha do Cacique ficou grávida. Quando o Cacique soube ficou muito triste, pois sonhava casar a filha com um grande guerreiro e, no entanto, estava esperando um filho de um desconhecido, por isso passou a tratar mal a filha, por conta do que havia ocorrido.
CACIQUE: (Triste, cabisbaixo, ignorando a filha, dando-lhe pouca atenção).
NARRADOR: Numa certa noite o Cacique sonhou com um homem branco que aparecia em sua frente e dizia que ele não ficasse triste, pois a sua filha não estava lhe enganando, ela continuava sendo pura. Depois daquela noite o Cacique voltou a ser alegre e a tratar bem a filha.
Depois de algum tempo a índia deu a luz a uma linda menina, muito branca e delicada, todos se espantaram e recebeu o nome de Mani.
ÍNDIAS: Como é branquinha essa criança!!!
NARRADOR: Mani era uma criança muito inteligente e alegre, muito querida por todos, mas parecia esconder um mistério, com o tempo não comia, não bebia. Numa certa manha, Mani não acordou como de costume, sua mãe foi acordá-la e a encontrou morta.
ÍNDIA (mãe de Mani): Mani? Mani? Acorda! Já é tarde. Há!!!!!!! Estar morta! Acudam! Acudam!  Minha filha morreu!! (chorando)
NARRADOR: Todos correram para ver o que havia acontecido. Mani estava morta nos braços da mãe muito aflita. Desesperada a mãe de Mani resolveu enterrá-la ali mesmo na maloca, regavam a sua cova com água como era costume entre os índios, e também com as lágrimas saudosas de sua mãe, pois todo dia ia visitar a cova e lá chorava muito. Um dia quando a mãe de Mani foi visitar o túmulo percebeu que uma planta havia nascido no local. Era uma planta totalmente diferente das demais e desconhecida de todos os povos da floresta. A mãe de Mani começou a cuidar da planta, imaginando que a filha estava voltando à vida. Em pouco tempo a terra começou rachar ao redor da planta.
ÍNDIA (mãe de Mani): Vamos cavar?
NARRADOR: Começaram a cavar e em lugar da filha encontraram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins, mas sob a casca marrom estava a polpa branquinha quase da cor de Mani.
ÍNDIAS: Olha! São raízes, São diferentes! Lindas. Brancas como Mani!
ÍNDIA (mãe de Mani): Vamos chama-la de Mani-oca, em homenagem a Mani?
ÍNDIAS (todas): Vamos !!!
NARRADOR: Então os índios da tribo resolveram utilizar a planta como comida, virando, mais tarde, o alimento principal de todas as tribos indígenas. Assim a planta conhecida como Mandioca, que significa “Casca de Mani” tornou-se um alimento muito importante para os índios e para todos os povos de todo Brasil.  
Obs: Fundo musical durante a apresentação, os personagens devidamente caracterizados. 
FIM
Prof. Joao Lazaro Epifanio















 













Gincana cultural. Esc. Prof. Chagas Mattos. Alunos do Ensino Fundamental.













PEÇA TEATRAL A LENDA DO BOTO
Autor: J.L.E. (Baseado na lenda do Boto)
Cenário: Típico de festa folclórica amazônica.
Personagens:
O Boto (homem vestido de branco)
Jovem (moça solteira)
Pai da moça
Mãe da moça
Irmãs e irmãos da moça
Vizinhos e amigos
Participantes da festa
ATO ÚNICO                                                                  
O ato ocorre numa festa. Todos se divertindo na festa chega o Boto (homem) escolhe uma jovem, dança com ela e começa a seduzi-la. (diálogo entre o Boto e a jovem).
A moça fica encantada pelo Boto e juntos somem da festa. Depois de um tempo só a moça volta. Os pais começam a desconfiar da filha.
Mãe: Menina o que é que tu tem?
Jovem: Nada mãe!
Mãe: Nada não! Você tem alguma coisa, você não é assim, está estranha...
A mãe fica desconfiada. Pouco tempo depois a barriga da jovem começa a crescer.
Mãe: Menina você vai me contar essa historia direito estou suspeitando que você está grávida, é verdade.
Jovem: É mãe, estou.
Mãe: E de quem? Quem é o pai? Vou dizer pro teu pai!
Jovem: Não mãe, não diga não, o pai vai me matar, eu conto, é do boto, eu me deitei mais ele! (chorando).
Mãe: Do Boto?!! Mas isso não é possível, esse boto vai se ver com teu pai.
A mãe procura o marido e comenta o ocorrido. O pai fica furioso.
Mãe: Homem a nossa filha tá grávida e diz que é do Boto.
Pai: Que conversa é essa mulher!
Mãe: É homem, é verdade, ela me confessor tudo.
Pai: Eu não acredito, eu mato esse Boto!
O pai vai conversar com a filha para confirmar a história.
Pai: Menina! Tua mão me disse que você tá grávida, e que é do Boto?!!
Jovem: É pai, é verdade, estou grávida do Boto.
Pai: E cadê o diacho desse Boto! Eu vou matar aquele miserável. Como foi que você caiu na conversa daquele safado, menina!
O pai fica brabo com a filha e a partir dali começa a perseguir o Boto. Tempos depois o Boto aparece. Meio escondido, chama a jovem e começam a conversar. O pai e a mãe que já estavam de alerta foram atrás.
Pai: Seu Boto safado! Você engravidou minha filha, seu sem vergonha! Pois agora você vai se ver comigo pra nunca mais você se meter com filha de homem.
Mãe: É, Boto safado, agora você vai ver. Vai pagar o que fez com minha filha!
Os dois partem para a agredir o Boto, mas ele foge e escapa. E voltam com a jovem pra casa.
Obs: Os irmãos e irmãs da jovem, assim como os vizinhos, só observam, são espectadores, por isso não tem falas. Esse texto é só um roteiro e serve de base para os diálogos que podem ser alterados para se adequar ao contexto dos personagens, isto é, dos que vão apresentar.
Prof. Joao Lazaro Epifanio


 TEATRO SOBRE A ALEGORIA DA CAVERNA
Cenário: Lugar fechado com pouca iluminação, apenas flashes (sugestão).
Personagens: Prisioneiros; Sócrates e Glauco. 
CENA 1 OU PRIMEIRO ATO
Todos quase imóveis, presos a correntes (mundo da trevas), olhando na mesma direção, contemplando os movimentos das sombras de estátuas, animais, homens e objetos projetados na parede pela luz de uma fogueira.
Os prisioneiros realizam torneios afim de se gabarem e ver quem acerta as denominações referentes as sombras que contemplam.
Prisioneiro 1: Só existe o que está diante de nós. Aí estão as pessoas e as coisas que existem.
Prisioneiro 2. Bravo! Muito bem, é isso mesmo. Pena que passou muito rápido.
Prisioneiro 3: Está vindo outra, quem acerta!
Prisioneiro 4: Essa é muito feia! Que horrível!
Prisioneiro 5: É! Essa imagem fica parada o tempo todo...
Prisioneiro 2: Isso é a realidade gente, vamos contemplar.
Prisioneiro 3: Olha só, são formas de seres, alguns parece com a gente!
Prisioneiro 4: Certo, esse é o mundo, só existe isso..é...!
Um prisioneiro é forçado a sair da caverna e explorar o seu interior. Admirado percebe que os seres reais eram as estátuas e não as sombras e quem permitia ver as sombras era a fogueira acesa na caverna.
Prisioneiro 1: Nossa! É tudo diferente. O que eu via eram sombras! Esses é que são os seres, os seres reais. O que eu julgava era ilusões, aquilo não era real. E aquilo lá... muito claro? Não consigo enxergar direito, está tudo ofuscado!
Prisioneiro 1: Há! Agora estou vendo melhor! Que maravilhoso! Aqui as coisas têm mais qualidade, são bem diferentes do que eu via, são verdadeiras. Essa luz forte (o Sol) é que faz as coisas ficarem reais, lá na caverna era só ilusões, como pude viver tanto tempo naquela escuridão! Isso aqui me permite conhecer, pensar, entender melhor o significado das coisas. Há! Estou com pena dos meus colegas, vou voltar lá e contar o que descobri.
Volta para onde estão os prisioneiros...
Exprisioneiro 1: Ei! O que vocês estão fazendo aí?
Prisioneiro 2: Que pergunta besta é essa, rapaz!
Prisioneiro 3: Bobo! Como se tivesse outra coisa para fazer...!
Prisioneiro 5: Estamos contemplando o mundo, ora!
Exprisioneiro 1: Que mundo? Isso aí é só uma parede. Vocês estão num mundo de ilusões. Isso aí são sombras. Venham! Venham conhecer o mundo real, conhecer a vida! Há! Vocês precisam conhecer quem dá a vida, entender como as coisas funcionam, lá fora é fantástico!
Prisioneiro 2: Deixa de lorota, rapaz! Está atrapalhando. Lá vem outra! Você está me enganando a vida está aqui.
Exprisioneiro 1: É, eles pensam mesmo que o mundo está naquela caverna...
O Exprisioneiro (1) vai para a frente das sombras.
Prisioneiro 5: Ei! O que é isso!
Prisioneiro 4: Eh! Sai daí! Sai da frente! Quer morrer, rapaz?
Exprisioneiro 1: Por favor, preciso que me escutem! Tenho muitas coisas novas para falar. Vocês não querem contemplar a vida? Aqui estou eu, eu sou real.
Prisioneiro 2: Vamos dá um jeito nesse idiota!
Exprisioneiro 1: Calma colegas, eu só queria que vissem o que eu vi! Já estou saindo, podem ficar tranquilos.
Prisioneiro 3: Volte aqui...!
Ele corre para fora e os outros corem atrás e, ao saírem da caverna...
Prisioneiros (todos): HUM! ÔÔÔ! ARG! Não estou enxergando! Nem eu! HUM! Esse clarão...! Isso é castigo, a gente não podia ter vindo atrás dele, era para ter continuado contemplando a vida.
Exprisioneiro 1: Calma! É que vocês não estão acostumados com a luz. Vamos! Abram os olhos e vejam o que existe aqui fora.
Prisioneiro 5: É gente, ele tinha razão. É mais real, aqui a vida é diferente!
Prisioneiro 3: Pois é, se não fosse você iriámos ficar lá para o resto da vida só vendo sombras.
Prisioneiro 4: Vamos gente, temos muito o que aprender, conhecer e descobri sobre as coisas da vida, vivíamos na escuridão, agora temos a luz.

CENA 2 OU SEGUNDO ATO
Diálogo de Sócrates com Glauco
Sócrates: Agora imagine a nossa natureza, segundo o grau de educação que ela recebeu ou não, de acordo com o quadro que vou fazer. Imagine, pois, homens que vivem em uma morada subterrânea em forma de caverna. A entrada se abre para a luz em toda a largura da fachada. Os homens estão no interior desde a infância, acorrentados pelas pernas e pelo pescoço, de modo que não podem mudar de lugar nem voltar a cabeça para ver algo que não esteja diante deles. A luz lhes vem de um fogo que queima por trás deles, ao longe, no alto. Entre os prisioneiros e o fogo, há um caminho que sobe. Imagine que esse caminho é cortado por um pequeno muro, semelhante ao tapume que os exibidores de marionetes dispõem entre eles e o público, acima do qual manobram as marionetes e apresentam o espetáculo.
Glauco: Entendo
Sócrates: Então, ao longo desse pequeno muro, imagine homens que carregam todo o tipo de objetos fabricados, ultrapassando a altura do muro; estátuas de homens, figuras de animais, de pedra, madeira ou qualquer outro material.
Glauco: Estranha descrição e estranhos prisioneiros!
Sócrates: Eles são semelhantes a nós. Primeiro, você pensa que, na situação deles, eles tenham visto algo mais do que as sombras de si mesmos e dos vizinhos que o fogo projeta na parede da caverna à sua frente?
Glauco: Como isso seria possível, se durante toda a vida eles estão condenados a ficar com a cabeça imóvel?
Sócrates: Não acontece o mesmo com os objetos que desfilam?
Glauco: É claro.
Sócrates: Então, se eles pudessem conversar, não acha que, nomeando as sombras que veem, pensariam nomear seres reais?
Glauco: Evidentemente.
Sócrates: E se, além disso, houvesse um eco vindo da parede diante deles, quando um dos que passam ao longo do pequeno muro falasse, não acha que eles tomariam essa voz pela da sombra que desfila à sua frente?
Glauco: Sim, por Zeus.
Sócrates: Assim sendo, os homens que estão nessas condições não poderiam considerar nada como verdadeiro, a não ser as sombras dos objetos fabricados.
Glauco: Não poderia ser de outra forma.
Sócrates: Veja agora o que aconteceria se eles fossem libertados de suas correntes e curados de sua desrazão. Tudo não aconteceria naturalmente como vou dizer? Se um desses homens fosse solto, forçado subitamente a levantar-se, a virar a cabeça, a andar, a olhar para o lado da luz, todos esses movimentos o fariam sofrer; ele ficaria ofuscado e não poderia distinguir os objetos, dos quais via apenas as sombras anteriormente. Na sua opinião, o que ele poderia responder se lhe dissessem que, antes, ele só via coisas sem consistência, que agora ele está mais perto da realidade, voltado para objetos mais reais, e que está vendo melhor? O que ele responderia se lhe designassem cada um dos objetos que desfilam, obrigando-o com perguntas, a dizer o que são? Não acha que ele ficaria embaraçado e que as sombras que ele via antes lhe pareceriam mais verdadeiras do que os objetos que lhe mostram agora?
Glauco: Certamente, elas lhe pareceriam mais verdadeiras.
Sócrates: E se o forçassem a olhar para a própria luz, não achas que os olhos lhe doeriam, que ele viraria as costas e voltaria para as coisas que pode olhar e que as consideraria verdadeiramente mais nítidas do que as coisas que lhe mostram?
Glauco: Sem dúvida alguma.
Sócrates: E se o tirarem de lá à força, se o fizessem subir o íngreme caminho montanhoso, se não o largassem até arrastá-lo para a luz do sol, ele não sofreria e se irritaria ao ser assim empurrado para fora? E, chegando à luz, com os olhos ofuscados pelo brilho, não seria capaz de ver nenhum desses objetos, que nós afirmamos agora serem verdadeiros.
Glauco: Ele não poderá vê-los, pelo menos nos primeiros momentos.
Sócrates: É preciso que ele se habitue, para que possa ver as coisas do alto. Primeiro, ele distinguirá mais facilmente as sombras, depois, as imagens dos homens e dos outros objetos refletidos na água, depois os próprios objetos. Em segundo lugar, durante a noite, ele poderá contemplar as constelações e o próprio céu, e voltar o olhar para a luz dos astros e da lua mais facilmente que durante o dia para o sol e para a luz do sol.
Glauco: Sem dúvida.
Sócrates: Finalmente, ele poderá contemplar o sol, não o seu reflexo nas águas ou em outra superfície lisa, mas o próprio sol, no lugar do sol, o sol tal como é.
Glauco: Certamente.
Sócrates: Depois disso, poderá raciocinar a respeito do sol, concluir que é ele que produz as estações e os anos, que governa tudo no mundo visível, e que é, de algum modo a causa de tudo o que ele e seus companheiros viam na caverna.
Glauco: É indubitável que ele chegará a essa conclusão.
Sócrates: Nesse momento, se ele se lembrar de sua primeira morada, da ciência que ali se possuía e de seus antigos companheiros, não acha que ficaria feliz com a mudança e teria pena deles?
Glauco: Claro que sim.
Sócrates: Quanto às honras e louvores que eles se atribuíam mutuamente outrora, quanto às recompensas concedidas àquele que fosse dotado de uma visão mais aguda para discernir a passagem das sombras na parede e de uma memória mais fiel para se lembrar com exatidão daquelas que precedem certas outras ou que lhes sucedem, as que vêm juntas, e que, por isso mesmo, era o mais hábil para conjeturar a que viria depois, acha que nosso homem teria inveja dele, que as honras e a confiança assim adquiridas entre os companheiros lhe dariam inveja? Ele não pensaria antes, como o herói de Homero, que mais vale “viver como escravo de um lavrador” e suportar qualquer provação do que voltar à visão ilusória da caverna e viver como se vive lá?
Glauco: Concordo com você. Ele aceitaria qualquer provação para não viver como se vive lá.
Sócrates: Reflita ainda nisto: suponha que esse homem volte à caverna e retome o seu antigo lugar. Desta vez, não seria pelas trevas que ele teria os olhos ofuscados, ao vir diretamente do sol?
Glauco: Naturalmente.
Sócrates: E se ele tivesse que emitir de novo um juízo sobre as sombras e entrar em competição com os prisioneiros que continuaram acorrentados, enquanto sua vista ainda está confusa, seus olhos ainda não se recompuseram, enquanto lhe deram um tempo curto demais para acostumar-se com a escuridão, ele não ficaria ridículo? Os prisioneiros não diriam que, depois de ter ido até o alto, voltou com a vista perdida, que não vale mesmo a pena subir até lá? E se alguém tentasse retirar os seus laços, fazê-los subir, você acredita que, se pudessem agarrá-lo e executá-lo, não o matariam?
Glauco: Sem dúvida alguma, eles o matariam.
Sócrates: E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do sol. Quanto à subida e à contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até o lugar inteligível, e não te enganarás sobre minha esperança, já que desejas conhecê-la. Deus sabe se há alguma possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade. Em todo o caso, eis o que me aparece tal como me aparece; nos últimos limites do mundo inteligível aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo. No mundo visível, ela gera a luz e o senhor da luz, no mundo inteligível ela própria é a soberana que dispensa a verdade e a inteligência. Acrescento que é preciso vê-la se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja na vida pública.
Glauco: Tanto quanto sou capaz de compreender-te, concordo contigo.