Nos
vindos do século XXI, onde convencionou-se chamar de mundo moderno ou
modernidade, em função das constantes e rápidas transformações, sobretudo no
âmbito tecnológico e no campo das ciências causando impactos em todos os
setores da sociedade, nas estruturas de governo, na economia, na cultura e nas
relações humanas em todos os seus aspectos. Isso abriu espaço para novos
processo, maior participação e ampliação dos espaços democráticos, de novos
conhecimentos, novas áreas de atuação e novas concepções e conceitos sobre
liberdade, igualdade, tolerância e respeito às diferenças e da defesa dos
princípios da democracia.
Quase
tudo evoluiu: as comunicações, as informações, novos conhecimentos foram
construídos e outros aperfeiçoados, várias descobertas sobre fenômenos físicos,
químicos, sociais, avanço na cultura, na arte, na medicina, enfim, são inúmeras
as mudanças e transformações que ocorreram nesse limiar do século XXI.
Sabe-se
que o mundo atual é o resultado de um acumulo de conhecimentos gerados a partir
das experiências humanas ao longo da história. Porém, mesmo diante de todo esse
desenvolvimento técnico-cientifico nem tudo evoluiu, as velhas estruturas
continuaram fazendo parte da mentalidade e das ações dos que ostentam poder, principalmente
no aspecto político que é a principal mazela da sociedade, fruto de uma herança
maldita da época do período colonial e anterior.
A
herança imbricada na mentalidade arcaica de uma parcela da sociedade insiste em
reclamar privilégios, pois tem como certa a impunidade, se acham intocáveis,
donos de tudo, podem tudo, inclusive submeter os de classes menos favorecida
aos seus caprichos, vontades e desejos.
No campo político-econômico quase nada mudou, os métodos de escravizar, negar, subverter e oprimir permaneceram, talvez a forma de os aplicar tenha sido reformulada, pois à tortura física foi adicionada a psicológica, a da desonra e a do medo. Infelizmente, essa ainda é a realidade de muitas regiões do Brasil e do mundo, onde impera a vontade dos que estão ou dentem o poder político e econômico.
No campo político-econômico quase nada mudou, os métodos de escravizar, negar, subverter e oprimir permaneceram, talvez a forma de os aplicar tenha sido reformulada, pois à tortura física foi adicionada a psicológica, a da desonra e a do medo. Infelizmente, essa ainda é a realidade de muitas regiões do Brasil e do mundo, onde impera a vontade dos que estão ou dentem o poder político e econômico.
O
coronelismo ainda é uma prática de flagrante atualidade. A inescrupulosidade
dos que praticam a gatunagem é terrivelmente imposta, às pessoas com menos
recursos e conhecimento, sem nenhum remorso, sem pena nem piedade.
Todos
os avanços acima citados não modificaram a forma de pensar e agir dos que se
acham com privilégios, muito pelo contrário foram acrescentados novos
ingredientes ainda mais fermentadores e viciantes. É ai que o coronelismo encontra
terreno fértil para imperar com todas as suas facetas, o discurso “democrático”
e a prática anarquista, quando não ditatorial, absolutista e medieval se
sobrepõem aos ideais democráticos, de igualdade e liberdade.
A
luta pela liberdade e igualdade tornou-se mais intensa e acirrada, os
movimentos reacionários têm cada vez menos espaço para suas reivindicações e
formas de protesto, são tratados com escárnio, extrema repressão e violência. A
lei que afirma a igualdade de todos é mesma que nega essa igualdade que
defende, pois, o acesso a liberdade e a igualdade é um caminho longo e árduo e
não é acessível a todos.
De
acordo com a Revista Brasil, edição de 12/10/2013, “Injustiça e desigualdade são marcas difíceis de arrancar (...)”. De
fato, essas marcas, das quais fiz referencias neste texto, não serão apagadas
tão cedo, isso ocorre pelo simples fato de que a elite dominante não está interessada
em promover mudanças nesses aspectos, pois lhe é conveniente e bom para as
estruturas “dinásticas” por eles montada.
Os
esforços de alguns são esmagados por outros, muitos que fogem do diálogo, gostam
de andar sempre pelos caminhos tortuosos. Os encontros, as conferencias, os
fóruns entres outros, vislumbram e privilegiam, ideias fantásticas, textos,
cartas e documentos tecidos, a partir dos bastidores, com conteúdo e
proposições que buscam grande repercussão e impacto, mas são apenas para impressionar
o público e aos meios de comunicação de massa, que a grosso modo, gera notícias
e audiência, é uma velha tática, uma espécie de sofismo numa versão mais
moderna.
Muita
“falação” e pouca ação. A “falação”, ou seja, as promessas são formas de
mostrar à sociedade preocupação, boa intenção, de demonstrar que estão atentos
aos problemas prementes e a manutenção do poder, enquanto que a “pouca ação” é
uma conveniência para a classe dominante. Para ser mais enfático e realista nos
reportamos ao voto de cabresto, uma das facetas do coronelismo, bem como o
clientelismo que atualmente se disfarçam de “bolsas e sacolões e vales”, afora
outras práticas que apontam para o mesmo processo de alienação e o
“encurralamento” de parte da sociedade.
Nesse
contexto fica evidente a luta da sociedade pela liberdade e igualdade, ou seja,
contra a opressão e, em contra partida a luta da elite dominante pela manutenção
e preservação dos modelos arcaicos que orienta o sistema servil, da segregação
das classes e da manutenção da cultura da desigualdade, da injustiça e da
manutenção dos privilégios. Não consideramos que não houve grandes rupturas
entre as velhas estruturas do período colonial e as novas concepções e
conceitos que orientaram os avanços tecnológicos e científicos responsáveis
pelas mudanças iniciadas nos idos do século XX e início do século XXI, no que
se refere as formas de dominação, opressão e a manutenção do poder, embora as
constantes mudanças sejam muito significativas, necessárias e vitais ao
desenvolvimento não mudou as práticas perversas que humilham e desonram a
moral, assassina os sonhos e abrevia as expectativas de vidas promissoras.
Vale ressaltar que a regra, para a grande maioria da classe politica, é negar, mentir, prometer... Quando a população tenta esboçar resistência e reagir, os corruptos realizam eventos festivos, convenientes para o desvio de recursos e, a maioria da população, que infelizmente não tem muito conhecimento, pouco informada e resignada, fica contente e, ainda tem alguns que defendem as ações perversas dos "chefes políticos", e outros, os que criticam, são silenciados por dinheiro, recebem valores para ficarem calados. mas o pior de tudo é que muitas pessoas defendem e apoiam a corrupção, a gatunagem, a drenagem dos recursos públicos para as contas dos assaltantes dos cofres públicos. Pior ainda são outros que servem de "laranjas", assim acobertam os crimes e são tão criminosos quantos os que corrompem.
J.L.Epifanio
Fonte:
http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/88/avancos-e-mazelas-9552.html.