quarta-feira, 2 de setembro de 2015

7 DE SETEMBRO, DATA DA INDEPENDENCIA

A independência do Brasil foi proclamada no dia 7 de setembro do ano de 1822, o que assegurou a emancipação da ex-colônia portuguesa. D. Pedro foi aclamado o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado no dia 1º de dezembro do mesmo ano.
Foram várias as causas da Independência do Brasil. Como fatores principais destacamos o Bloqueio Continental, a vinda da família real para o Brasil que o transformou em Reino Unido de Portugal e Algarves, a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, a Revolução Liberal do Porto que pretendia derrubar a administração inglesa em Portugal, recolonizar o Brasil, promover a volta de D. João VI e elaborar uma Constituição.
No Brasil a situação era própria, a superação do pacto colonial interessava a principal classe dominante que era a aristocracia agrária, que via nisso a possibilidade de se ver livre definitivamente dos monopólios metropolitanos. No dia 7 de março de 1821, D. João anunciou sua partida, e através de um decreto, atribuiu a D. Pedro a regência do Brasil.
Porém, a insistência das Cortes para que D. Pedro voltasse a Portugal despertou atitudes de resistência no Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao Príncipe Regente uma petição solicitando que não abandonasse o Brasil. Cedendo às pressões D. Pedro respondeu: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico. O Dia do Fico era mais um passo para a independência do Brasil.
No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o sujeitava às autoridades das Cortes. Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal, daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os brasileiros. No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I.

No entanto, o episódio do 7 de setembro não tem despertado, em toda nação no seu conjunto, o verdadeiro significado que é o sentimento de liberdade, de amor à Pátria, de sentimento cívico, de pertencimento à nação, de cumprimento do dever, longe de ser ufanista, é formador de caráter, embora essas noções tenham ganhado novas conotações. E isso está fazendo falta. Se não há uma relação direta pelo menos indireta em que somos forçosamente levados a pensar bem da Pátria, de forma crítica e reflexiva, sobre o país que temos e o que queremos construir. 
Passados mais de 5 séculos ainda não conquistamos a independência em quase nenhum de seus sentidos. As ações da elite para manter os privilégios tem sido a tônica do processo politico brasileiro. As principais mudanças de regime, de sistema politico, de concepções ideológicas entre outras ocorreram de cima para baixo. A independência e demais transformações ocorridas no Brasil foram arranjos entre as elites, sempre no sentido de alimentar a permanência, manter o jugo opressivo sobre a população que nunca teve uma participação expressiva nas principais decisões do país. Atualmente, vivemos uma das piores fases da nossa história, fruto da herança arcaica dos privilégios, da permissividade, da gatunagem exacerbada, do logro e dos atos desumanos de dominação e opressão.
Fonte pesquisada: Wikipédia, enciclopédia livre da internet.

terça-feira, 16 de junho de 2015

O PODER E SUAS MAZELAS

Nos vindos do século XXI, onde convencionou-se chamar de mundo moderno ou modernidade, em função das constantes e rápidas transformações, sobretudo no âmbito tecnológico e no campo das ciências causando impactos em todos os setores da sociedade, nas estruturas de governo, na economia, na cultura e nas relações humanas em todos os seus aspectos. Isso abriu espaço para novos processo, maior participação e ampliação dos espaços democráticos, de novos conhecimentos, novas áreas de atuação e novas concepções e conceitos sobre liberdade, igualdade, tolerância e respeito às diferenças e da defesa dos princípios da democracia.  
Quase tudo evoluiu: as comunicações, as informações, novos conhecimentos foram construídos e outros aperfeiçoados, várias descobertas sobre fenômenos físicos, químicos, sociais, avanço na cultura, na arte, na medicina, enfim, são inúmeras as mudanças e transformações que ocorreram nesse limiar do século XXI.
Sabe-se que o mundo atual é o resultado de um acumulo de conhecimentos gerados a partir das experiências humanas ao longo da história. Porém, mesmo diante de todo esse desenvolvimento técnico-cientifico nem tudo evoluiu, as velhas estruturas continuaram fazendo parte da mentalidade e das ações dos que ostentam poder, principalmente no aspecto político que é a principal mazela da sociedade, fruto de uma herança maldita da época do período colonial e anterior.
A herança imbricada na mentalidade arcaica de uma parcela da sociedade insiste em reclamar privilégios, pois tem como certa a impunidade, se acham intocáveis, donos de tudo, podem tudo, inclusive submeter os de classes menos favorecida aos seus caprichos, vontades e desejos. 
No campo político-econômico quase nada mudou, os métodos de escravizar, negar, subverter e oprimir permaneceram, talvez a forma de os aplicar tenha sido reformulada, pois à tortura física foi adicionada a psicológica, a da desonra e a do medo. Infelizmente, essa ainda é a realidade de muitas regiões do Brasil e do mundo, onde impera a vontade dos que estão ou dentem o poder político e econômico.
O coronelismo ainda é uma prática de flagrante atualidade. A inescrupulosidade dos que praticam a gatunagem é terrivelmente imposta, às pessoas com menos recursos e conhecimento, sem nenhum remorso, sem pena nem piedade.
Todos os avanços acima citados não modificaram a forma de pensar e agir dos que se acham com privilégios, muito pelo contrário foram acrescentados novos ingredientes ainda mais fermentadores e viciantes. É ai que o coronelismo encontra terreno fértil para imperar com todas as suas facetas, o discurso “democrático” e a prática anarquista, quando não ditatorial, absolutista e medieval se sobrepõem aos ideais democráticos, de igualdade e liberdade.
A luta pela liberdade e igualdade tornou-se mais intensa e acirrada, os movimentos reacionários têm cada vez menos espaço para suas reivindicações e formas de protesto, são tratados com escárnio, extrema repressão e violência. A lei que afirma a igualdade de todos é mesma que nega essa igualdade que defende, pois, o acesso a liberdade e a igualdade é um caminho longo e árduo e não é acessível a todos.
De acordo com a Revista Brasil, edição de 12/10/2013, “Injustiça e desigualdade são marcas difíceis de arrancar (...)”. De fato, essas marcas, das quais fiz referencias neste texto, não serão apagadas tão cedo, isso ocorre pelo simples fato de que a elite dominante não está interessada em promover mudanças nesses aspectos, pois lhe é conveniente e bom para as estruturas “dinásticas” por eles montada.
Os esforços de alguns são esmagados por outros, muitos que fogem do diálogo, gostam de andar sempre pelos caminhos tortuosos. Os encontros, as conferencias, os fóruns entres outros, vislumbram e privilegiam, ideias fantásticas, textos, cartas e documentos tecidos, a partir dos bastidores, com conteúdo e proposições que buscam grande repercussão e impacto, mas são apenas para impressionar o público e aos meios de comunicação de massa, que a grosso modo, gera notícias e audiência, é uma velha tática, uma espécie de sofismo numa versão mais moderna.
Muita “falação” e pouca ação. A “falação”, ou seja, as promessas são formas de mostrar à sociedade preocupação, boa intenção, de demonstrar que estão atentos aos problemas prementes e a manutenção do poder, enquanto que a “pouca ação” é uma conveniência para a classe dominante. Para ser mais enfático e realista nos reportamos ao voto de cabresto, uma das facetas do coronelismo, bem como o clientelismo que atualmente se disfarçam de “bolsas e sacolões e vales”, afora outras práticas que apontam para o mesmo processo de alienação e o “encurralamento” de parte da sociedade.
Nesse contexto fica evidente a luta da sociedade pela liberdade e igualdade, ou seja, contra a opressão e, em contra partida a luta da elite dominante pela manutenção e preservação dos modelos arcaicos que orienta o sistema servil, da segregação das classes e da manutenção da cultura da desigualdade, da injustiça e da manutenção dos privilégios. Não consideramos que não houve grandes rupturas entre as velhas estruturas do período colonial e as novas concepções e conceitos que orientaram os avanços tecnológicos e científicos responsáveis pelas mudanças iniciadas nos idos do século XX e início do século XXI, no que se refere as formas de dominação, opressão e a manutenção do poder, embora as constantes mudanças sejam muito significativas, necessárias e vitais ao desenvolvimento não mudou as práticas perversas que humilham e desonram a moral, assassina os sonhos e abrevia as expectativas de vidas promissoras.
Vale ressaltar que a regra, para a grande maioria da classe politica, é negar, mentir, prometer... Quando a população tenta esboçar resistência e reagir, os corruptos realizam eventos festivos, convenientes para o desvio de recursos e, a maioria da população, que infelizmente não tem muito conhecimento, pouco informada e resignada, fica contente e, ainda tem alguns que defendem as ações perversas dos "chefes políticos", e outros, os que criticam, são silenciados por dinheiro, recebem valores para ficarem calados. mas o pior de tudo é que muitas pessoas defendem e apoiam a corrupção, a gatunagem, a drenagem dos recursos públicos para as contas dos assaltantes dos cofres públicos. Pior ainda são outros que servem de "laranjas", assim acobertam os crimes e são tão criminosos quantos os que corrompem. 
                                                                                   J.L.Epifanio

Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/88/avancos-e-mazelas-9552.html.

terça-feira, 21 de abril de 2015

UM POVO E MULTIPLAS CULTURAS



UM POVO E MÚLTIPLAS CULTURAS


A sociedade brasileira é uma síntese da multiplicidade de povos e culturas vindas das mais diversas partes do planeta, por conta do processo de colonização, da migração e dos nativos. Esses múltiplos povos tiveram um papel importante na formação da cultura nacional, no elemento físico, na língua, na religião, nos modos de vida, nas relações sociais e no ideário popular. O resultado de tudo isso é uma riqueza de aspectos e elementos que se harmonizam nas inter-relações expressas nas suas diferenças perceptíveis e sintomáticas no contexto das manifestações culturais que, naturalmente são reveladas na rotina do dia a dia.
Nesse cenário diverso verifica-se que as ideias do eurocentrismo ainda persistem em classificar as culturas como superiores e inferiores, não conseguem aceitar que cada povo desenvolveu seus conhecimentos conforme suas necessidades diante do meio e das condições que esse meio lhes impunha ou exigia. Assim, muitos desses povos que tiveram um papel primordial na formação social e cultural do país, são ignorados ou vistos com escrúpulos.
Negros e indígenas, por terem sidos escravizados, pelo fato de não terem atingido um alto grau de desenvolvimento no âmbito da intelectualidade, indústria bélica, sistema de governo, ideias exacerbadas de acumular bens, de subversão do seu próprio grupo são considerados inferiores e vistos com expurgo pela cúpula que ostenta uma concepção de superioridade recheada de preconceito e discriminação.
Dentro desse cenário adverso e de escarnio, causado pela intolerância e pela incapacidade de convivência pacifica com as diferenças encontram-se os afrodescendentes que após sustentar a ganancia dos conquistadores portugueses ávidos pelos lucros do pau-brasil, da economia canavieira e da mineração com a abolição e com o evento da república foram sistematicamente descartados e excluídos sem nenhum reconhecimento por terem dado o seu sangue e sua vida pela causa dos conquistadores. Os índios, dizimados na sua maioria, são também tidos como inferiores.
O fato de os europeus não terem encontrado no Brasil sociedades evoluídas do ponto de vista do progresso econômico e cientifico, conforme o que entendiam como civilização os nativos foram violentados culturalmente. Viram o seu povo e sua cultura serem colocados numa situação de hierarquia, vistos como bárbaros e selvagens. Isso tudo pelo simples fato de sua identificação com a natureza, por preservá-la, pois dela eram totalmente dependentes.
Seu modo de vida foi motivo de extermínio, de povos depravados, sem pudor vistos com uma proximidade bastante expressiva dos animais. O ponto de vista europeu de civilização, mediante os padrões da religião, do progresso e do sistema político econômico construiu estereótipos que até hoje permanecem incrustados na forma ver, conceber e conviver com os nativos.
Esses estereótipos, culturalmente construídos, a partir de ideias classificatórias de caráter eurocêntrico e, portanto, preconceituosos tem causado grandes males aos povos indígenas que, apesar de sua contribuição para formação social e cultural do Brasil, e em particular da Amazônia, ainda são vistos como selvagens e bárbaros.
Historicamente o Brasil trata mal o seu povo. Trata os diferentes de modo diferente, pois hierarquiza sua sociedade classificando-as como sociedades capazes e sociedades menos evoluída e não capazes, como é o caso de afrodescendentes e indígenas. Na tentativa de corrigir os graves erros cometidos no passado, adota políticas sociais diferentes para povos diferentes o que acentua ainda mais o grau de discriminação e preconceito, quando na verdade deveria existir uma política para o povo brasileiro, pois no mesmo território coexistem povos diferentes com culturas diferentes, mas são partes que formam um só povo que se completam na sua diversidade.

Assim, apesar de ainda haver grande resistência em conviver com a diferença, é possível uma convivência pacifica de forma que todos possam construir e partilhar conhecimentos, atribuir valor e respeito as diferenças.