quinta-feira, 7 de junho de 2012

EDUCAÇÃO: ALGUNS COMENTÁRIOS


A educação é um processo por meio do qual o individuo adquire valores, costumes, hábitos, formas de convivência social, religião, tradições que sustentam ou negam as ideologias, o sistema politico e econômico adotado e a organização social de um povo, civilização, sociedade, tribo, nação ou etnia. Ela concorre para que as pessoas, membros ou indivíduos de uma determinada sociedade pensem e haja mais ou menos da mesma forma, ou seja, faz com que o individuo desenvolva um comportamento semelhante aos demais membros que vivem no seu meio com a tendência de um crescente processo de humanização. Assim, a educação torna-se um processo de transmissão da cultura com todos os seus elementos e ocorre diariamente em todos os momentos e lugares em que atuam ou vivem os indivíduos, acontece naturalmente, de forma assistemática ou informal e intencionalmente de forma sistemática ou formal. Este sentido geral de educação não pode desvincular-se do papel original na sociedade, mas a sua função sistemática passou, ao longo do tempo cronológico e também o tempo das sociedades, por profundas transformações como forma de se adequar aos diversos contextos e aos sistemas econômico, politico, social e cultural, etc. No mundo capitalista a educação formal tem como modelo as ideias e os pressupostos que orientam a produção, a divisão das classes, o consumo, o calculo, o trabalho assalariado, as concepções ideológicas do referido sistema e a supervalorização da racionalização. Nesse contexto, as características do homem como ser humano que tem emoções, sentimentos, vontades, desejos e outros predicados que lhes são peculiares e particulares não são considerados relevantes dentro do processo educacional. O sistema educacional capitalista privilegia o calculo e dá ênfase as ideias que levam ao condicionamento e a alienação, considerados elementos fundamentais para a manutenção do capitalismo e de suas vertentes mais defendidas e utilizadas no processo de dominação que são o imperialismo, a escravidão e a perpetuação do sistema que para melhor desenvolver seus processos dominadores nos seus mais diversos sentidos prega a “democracia “e finge defender a igualdade, a liberdade e a garantia dos direitos fundamentais dos indivíduos” no âmbito individual e coletivo”. Essas são estratégias usadas para camuflar o verdadeiro sentido da educação tendo seus princípios atribuídos aos avanços tecnológicos, ao desenvolvimento econômico, a modernidade, a segurança, a autonomia dos povos, etc. Em outras palavras podemos dizer que ao perceber o poder da educação sobre um povo, sendo que era impossível privar as pessoas do acesso ao conhecimento, o homem (quer dizer, os governos) a utilizaram e utilizam para reproduzir suas ideologias a assim, justificar o seu poder e, portanto, dominar mais facilmente. Isso pode ser percebido mais claramente, através dos princípios e bases em que se sustentam os pressupostos que orientam e nas leis que regulam o sistema educacional e ainda por meio dos processos de avaliação do ensino onde são privilegiados os índices quantitativos, mas quando se avalia a qualidade, então se descobre a verdadeira face obscura do sistema que incondicionalmente deixa escapar as intencionalidades educacionais impostas pelos governos ao povo que habitam suas áreas administrativas. Dessa forma, constata-se que o sistema educacional oferecido pelos governos a grande maioria da população é dosado, de forma a garantir a manutenção do poder e consequentemente seus privilégios. Sua intenção é privar, através da aplicação de formas de aniquilação ou assassinato, da capacidade criadora, inventiva e de descoberta do homem, assim é permitida a massa da população saber apenas o essencial para a sua subsistência de forma a não ameaçar o poder dos que se revezam no comando ou no poder, isto é, uma forma de manter o “governo de poucos para poucos”, já que os demais são usados apenas para alimentar a manutenção dos privilégios. Outra forma de “compensar” ou preencher o vazio deixado pela educação são as politicas paternalistas que afirma o populismo e tira a dignidade da grande maioria da população que formam as classes menos favorecidas. Atualmente, a educação tornou-se um dos temas mais comentados, discutidos e enfatizados em todos os órgãos, instituições e meios de comunicação como uma das prioridades urgente, tudo apenas para impressionar e garantir os argumentos nos palanques de companha politica e assim, justificar os gastos exorbitantes com as “indústrias” da educação. No Brasil, pais dos privilégios, existem dois sistemas educacionais distintos: um destinado a elite dominante – de forma a preservar a herança politica dos privilégios – e outro destinado e oferecido especificamente ao restante da população é o que se pauta ou se baseia nos cálculos ou nos dados estatísticos quantitativos.