A
educação é um processo por meio do qual o individuo adquire valores, costumes,
hábitos, formas de convivência social, religião, tradições que sustentam ou
negam as ideologias, o sistema politico e econômico adotado e a organização
social de um povo, civilização, sociedade, tribo, nação ou etnia. Ela concorre
para que as pessoas, membros ou indivíduos de uma determinada sociedade pensem
e haja mais ou menos da mesma forma, ou seja, faz com que o individuo
desenvolva um comportamento semelhante aos demais membros que vivem no seu meio
com a tendência de um crescente processo de humanização. Assim, a educação
torna-se um processo de transmissão da cultura com todos os seus elementos e
ocorre diariamente em todos os momentos e lugares em que atuam ou vivem os indivíduos,
acontece naturalmente, de forma assistemática ou informal e intencionalmente de
forma sistemática ou formal. Este sentido geral de educação não pode
desvincular-se do papel original na sociedade, mas a sua função sistemática
passou, ao longo do tempo cronológico e também o tempo das sociedades, por
profundas transformações como forma de se adequar aos diversos contextos e aos
sistemas econômico, politico, social e cultural, etc. No mundo capitalista a
educação formal tem como modelo as ideias e os pressupostos que orientam a
produção, a divisão das classes, o consumo, o calculo, o trabalho assalariado,
as concepções ideológicas do referido sistema e a supervalorização da
racionalização. Nesse contexto, as características do homem como ser humano que
tem emoções, sentimentos, vontades, desejos e outros predicados que lhes são
peculiares e particulares não são considerados relevantes dentro do processo
educacional. O sistema educacional capitalista privilegia o calculo e dá ênfase
as ideias que levam ao condicionamento e a alienação, considerados elementos
fundamentais para a manutenção do capitalismo e de suas vertentes mais
defendidas e utilizadas no processo de dominação que são o imperialismo, a
escravidão e a perpetuação do sistema que para melhor desenvolver seus
processos dominadores nos seus mais diversos sentidos prega a “democracia “e
finge defender a igualdade, a liberdade e a garantia dos direitos fundamentais
dos indivíduos” no âmbito individual e coletivo”. Essas são estratégias usadas
para camuflar o verdadeiro sentido da educação tendo seus princípios atribuídos
aos avanços tecnológicos, ao desenvolvimento econômico, a modernidade, a
segurança, a autonomia dos povos, etc. Em outras palavras podemos dizer que ao
perceber o poder da educação sobre um povo, sendo que era impossível privar as
pessoas do acesso ao conhecimento, o homem (quer dizer, os governos) a
utilizaram e utilizam para reproduzir suas ideologias a assim, justificar o seu
poder e, portanto, dominar mais facilmente. Isso pode ser percebido mais
claramente, através dos princípios e bases em que se sustentam os pressupostos
que orientam e nas leis que regulam o sistema educacional e ainda por meio dos
processos de avaliação do ensino onde são privilegiados os índices quantitativos,
mas quando se avalia a qualidade, então se descobre a verdadeira face obscura
do sistema que incondicionalmente deixa escapar as intencionalidades
educacionais impostas pelos governos ao povo que habitam suas áreas
administrativas. Dessa forma, constata-se que o sistema educacional oferecido
pelos governos a grande maioria da população é dosado, de forma a garantir a
manutenção do poder e consequentemente seus privilégios. Sua intenção é privar,
através da aplicação de formas de aniquilação ou assassinato, da capacidade
criadora, inventiva e de descoberta do homem, assim é permitida a massa da
população saber apenas o essencial para a sua subsistência de forma a não
ameaçar o poder dos que se revezam no comando ou no poder, isto é, uma forma de
manter o “governo de poucos para poucos”, já que os demais são usados apenas
para alimentar a manutenção dos privilégios. Outra forma de “compensar” ou
preencher o vazio deixado pela educação são as politicas paternalistas que
afirma o populismo e tira a dignidade da grande maioria da população que formam
as classes menos favorecidas. Atualmente, a educação tornou-se um dos temas
mais comentados, discutidos e enfatizados em todos os órgãos, instituições e
meios de comunicação como uma das prioridades urgente, tudo apenas para
impressionar e garantir os argumentos nos palanques de companha politica e
assim, justificar os gastos exorbitantes com as “indústrias” da educação. No
Brasil, pais dos privilégios, existem dois sistemas educacionais distintos: um
destinado a elite dominante – de forma a preservar a herança politica dos
privilégios – e outro destinado e oferecido especificamente ao restante da
população é o que se pauta ou se baseia nos cálculos ou nos dados estatísticos
quantitativos.