terça-feira, 3 de julho de 2012

POLITICA: PROCESSO ELEITORAL



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Historicamente o Brasil tem um passado marcado pela manutenção dos privilégios aos que detém o poder. Foi assim durante a Colonização, Primeiro Império, o Segundo Império, a Primeira República, a República do Café-com Leite, Ditadura, em fim, uma tradição de corrupção. Esse passado, nada exemplar para a sua história e muito menos para servir de modelo, basta lembrar-se do Coronelismo e do Voto de Cabresto somados ao clientelismo e o populismo, facetas da politica que ainda estão imbricadas no cenário politico atual. A escola politica fundamenta-se nos aspectos acima citados, mesmo os que se apresentam como alternativas renovadoras acabam utilizando-se das artimanhas das “Raposas arcaicas” para desenvolver sua prática. Apresentam um discurso com argumentos novos, bem intencionados, centrados em uma visão moderna e um jeito novo de fazer politica, mas quando chegam ao poder tudo muda, somente uma parcela mínima parece não se contaminar com o lixo da corrupção, mas esses também não podem fazer muita coisa porque é minoria e sua voz é abafada pelos berros dos coronéis que ainda se dizem donos do poder. Infelizmente ainda existe um grande entrave para que haja uma transformação na forma de fazer politica no Brasil que é a baixa escolaridade da população e o nível de consciência, elementos que ainda contribui para perpetuação de grupos políticos corruptos no poder. Ultimamente, uma lei de iniciativa popular (Lei da Ficha Limpa) veio , substancialmente tentar atenuar a corrupção por meio de um ponto fundamental que é a classificação dos políticos em Fichas Sujas e Fichas Limpas, os seja, impedir que os mais corruptos pudessem se candidatar a um cargo politico, uma lei que poderia dá inicio a um processo que futuramente, através de outros dispositivos, pudesse diminuir consideravelmente a corrupção na politica. Mas o que vemos agora? Uma lei que parece não ter entrado em vigor ou se entrou não está sendo cumprida de fato ao pé da letra, “não pegou”, como dizem. Isso tudo nos faz entender que há uma resistência muito grande à mudança e essa resistência não é só dos politicos “sujos”, parece que ela encontra guarida em campos de atuação da nossa sociedade que fez a sua parte, com mais de um milhão  de assinaturas de pessoas que desejavam moralizar a politica, cansados da exploração corrupta, da manutenção dos privilégios, da perpetuação de grupos oligárquicos no poder, do governo de poucos para poucos, do clientelismo, do paternalismo e do populismo, do nepotismo, do desvio dos recursos públicos retirados dos mais pobres à custa do suor e do sangue dos homens trabalhadores esquecidos, objetos do poder e que são a maioria, não sortiu efeito. Tudo parece continuar como antes: escândalos, corrupção e mais corrupção, desigualdade, exclusão, miséria e sofrimento. Só o que não muda é a ganancia pelo poder, para chegar lá vale tudo: mentira, enganação, ameaças, promessas, intimidação, arrogância entre outros. Os “donos do poder” agem como verdadeiros coronéis reclamam o poder para si como fosse de direito, hereditário ou vitalício, e, para tê-lo são capazes de tudo. Em algumas regiões do interior encaram seus adversários como inimigos ferrenhos, sanguinários que precisam ser não apenas derrotados, mas abatidos, condenados e banidos, querem o poder o todo custo. É triste o cenário e agora parece que vai ser ainda mais lamacenta, uma fedentina insuportável os discursos que se projetam e que vão poluir as mentes e os ouvidos das pessoas de bem. O pior é que tem muitos que aplaudem os coronéis, bendizem até, quando deveriam repudiar com veemência essa sujeira que mancha a disputa, corrompe e descaracteriza o verdadeiro sentido do pleito eleitoral. Há políticos que são até homenageados por ter se destacado em cometer mais atos fraudulentos e mais corrupção, é uma vergonha. Tem que haver um basta nisso tudo, se não pode ser a curto ou médio prazo que seja a longo prazo, mas esse cenário não pode continuar assim como está, precisa mudar.